Política

Durante evento em Salvador, Roberto Jefferson execra o PSD

Publicado em 15/05/2011, às 11h13   Daniel Pinto




Oficialmente, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, veio à Salvador para participar da festa pelos 66 anos do partido, fundado em 15 de maio de 1945 por Getúlio Vargas. Mas, na verdade o que se viu no Hotel Fiesta, Itaigara, foi um ato político que coloca o nome do vice-prefeito Edvaldo Brito no “tabuleiro” da sucessão municipal em 2012. “Hoje, no aniversário do PTB, viemos aqui prestigiar o professor Edvaldo Brito e afirmar que vamos disputar as eleições. Só tem torcida quem entra em campo”, observou Jefferson logo no início da entrevista coletiva.

Em seguida, ele continuou a responder questões dos jornalistas sem nenhum tipo de restrição. Primeiro analisou a postura da legenda no Congresso Nacional e falou sobre alianças. “Nossa bancada está na base do governo, mas temos agido com independência. Posso citar a questão do Código Florestal, que somos absolutamente contra a algumas coisas que estão colocadas. Quando há posições contrárias ao Palácio do Planalto, o partido sempre se afirma (...) Já vivemos fases de lutas, mas o momento é de construir. Precisamos de muita serenidade. Temos conversado com PCdoB, PSB e PDT”.


O ex-deputado Roberto Jefferson só mudou o tom quando o assunto em pauta foi o PSD. O partido idealizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, mereceu um “capítulo” a parte.  “Não consigo compreender uma coisa como essa, já que o ideal seria a redução do número de partidos. A justiça tem que proteger a fidelidade partidária. Não há ideologia que comporte tantas legendas (...) Sinceramente, não vejo seriedade na proposta do Kassab. Aliás, me parece um movimento de esperteza, que já nasce com a bandeira da infidelidade empunhada”.

Logo depois, foi questionado pelo Bocão News se concordava com a necessidade de incluir o ex-presidente Lula no inquérito do mensalão e como o resultado do processo vai interferir na construção de coligações do PTB com vistas às eleições em todo Brasil. “O primeiro relatório foi bastante frágil porque não conseguiu identificar a dimensão da relação entre as empresas de Marcos Valério (operador do esquema de corrupção) com o Visanet. Neste segundo momento, percebeu-se a movimentação de R$ 68 milhões do governo em prol do grupo. Isso é fundamental. Mas, não vejo a necessidade de indiciar o ex-presidente. Chega de atitude policial no Brasil. Não vou embarcar na tese do Ministério Público e da OAB. Agora, esse é um processo judicial que não deve enveredar para o campo político. Não seremos pautados pelo Supremo. Podemos nos unir com todo mundo, só não vamos aceitar alianças com o PSD em nenhum estado e em nenhum município”. 

Também estavam presentes Benito Gama, presidente da Fundação Getúlio Vargas, o senador Mozarildo Cavalcanti (RR), o deputado federal Antônio Brito, o presidente regional do PTB, Jonival Lucas, dentre outras personalidades.

Foto: Roberto Viana/Bocão News

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