Política

Bancada do batom 2

Publicado em 07/10/2010, às 21h43   Luiz Fernando Lima


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Nestas eleições os partidos tentaram, ainda que sem sucesso, reservar 30% ou algo próximo disso das suas vagas para a disputa eleitoral para um gênero. Nem todos cumpriram com o que determina a lei, na verdade, quase nenhum conseguiu ter o percentual distribuído como manda a legislação.

O crescimento do número de mulheres que disputaram cargos eletivos neste pleito foi a maior da história. No entanto, o desempenho nas urnas não foi o esperado. “Este ano dobramos a quantidade de candidaturas de mulheres, mas os índices de eleitas ainda não foi bom”, avalia a deputa estadual reeleita, Neusa Cadore (PT).

De acordo com a parlamentar, que é presidente da Comissão Parlamentar dos Direitos das Mulheres da Assembleia Legislativa da Bahia, nas eleições 1994, 178 mulheres lançaram candidaturas para o Senado ou Câmara Federal, dessas 32 foram eleitas, em 2002 os números foram 487 para 42, representando um desempenho de 8,6%. Em 2006, 651 candidatas tentaram e apenas 45 chegaram lá. Já este ano, foram 1340 as postulantes e somente 43 saíram vitoriosas.

“Para cumprir a cota, muitos partidos colocam qualquer mulher para concorrer. Pior que isto, é que há uma dificuldade muito grande de se conquistar espaços dentro das legendas. Os homens também são privilegiados na hora da escolha dos quadros no executivo como secretarias e superintendências, isto não é exclusividade de um estado ou município é geral”, afirma Cadore.

No entendimento da parlamentar petista é preciso que mais oportunidades sejam dadas para que as mulheres possam ter condições de construir carreiras sólidas e candidaturas competitivas.

A despeito dos números apresentados pela deputada referentes à Câmara e ao Senado, na AL-BA o número de mulheres cresceu. Para além, a primeira senadora baiana foi eleita neste pleito, Lídice da Mata (PSB). Cadore não ignora os avanços, mas acredita que ainda há muito para fazer.

Classificação Indicativa: Livre

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