Política

Deputada quer incluir invasão da Ufba na Comissão da Verdade

Publicado em 16/05/2011, às 15h16   Redação Bocão News


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No dia em que a Bahia completa dez anos do triste episódio da invasão da Polícia Militar ao campus da Ufba em 16 de maio de 2001, a deputada Federal Alice Portugal sugere que os envolvidos na ação sejam ouvidos e a conduta violenta da tropa de Choque da Polícia Militar seja apurada.

A ação policial foi comandada pelo coronel Alfredo Castro, indicado pelo governador Jaques Wagner para o comando-geral da Polícia Militar, por determinação da então secretária de Segurança Pública, Kátia Alves dos Santos, sob a ordem do governador da época, César Borges. O objetivo era reprimir a manifestação de estudantes em protesto ao então senador Antônio Carlos Magalhães, apontado como responsável pela violação do painel eletrônico do Senado.

Para tentar conter o movimento, policiais arremessaram contra a multidão formadas por estudantes secundaristas e universitário, cavalos, balas de borracha e bombas de gás, invadindo a Faculdade de Direito, onde os manifestantes tentaram se abrigar da ação policial. A invasão da escola de Direito e outras instalações da Ufba. foi condenada pela sua ilegitimidade, já que trta-se de área federal.

Alice Portugal acredita que a Comissão da Verdade (em fase de criação na Secretaria de Direitos Humanos para investigar crimes durante a ditadura militar) colabore no registro histórico deste fato, já que apesar do fim do regime o estado ainda se manteve sob o comando de forças repressoras. Para ela, a Bahia não deve perder a chance de fazer constar deste rol de crimes contra os direitos humanos o episódio daquele 16 de maio.

Para a parlamentar, o Conselho Superior da Universidade, firme defensor da autonomia universitária, tem agora a possibilidade da documentação histórica do dia em que estudantes, professores e servidores foram agredidos, alguns presos, pela tropa de Choque da PM, sob a ordem do governador César Borges.

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