Política

DEM vence PT em número de filiados na Bahia, mas perdeu mais partidários

Publicado em 26/10/2015, às 10h54   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)




Vitrine do partido, eleição em Salvador poderá fortalecer candidaturas no interior baiano

Desde que deixou o poder em 2007, com a posse do então governador Jaques Wagner (PT), o Democratas, partido criado em março do mesmo ano em substituição ao PFL, amarga uma escala decrescente de eleitores simpatizantes e, consequentemente, uma redução na quantidade de prefeituras.

Em 2008, primeira eleição municipal pós-era-carlista, o DEM elegeu 43 prefeitos, dos 417 municípios baianos, e obteve 1,01 milhão de votos em todo o estado. O PT, com a máquina pública estadual sob seu comando, cravou 66 prefeitos e levou 1,4 milhão de votos em todo o estado. No pleito, o partido que mais elegeu prefeitos foi o PMDB, com 114 prefeitos vitoriosos e 1,7 milhão de votos.

Quatro anos mais tarde, nas eleições de 2012, o Democratas elegeu apenas oito gestores e viu seu coeficiente despencar ainda mais para 862 mil eleitores. O PT, com o mandato do governador Wagner renovado, aumentou seu eleitorado e o números de prefeituras. Ao todo, o PT elegeu 92 prefeitos e obteve 1,8 milhão de votos. Em contrapartida, apesar de reduzir o número de prefeituras, o DEM venceu nos dois maiores colégios eleitorais – Salvador (ACM Neto) e Feira de Santana (José Ronaldo) –, cidades responsáveis por mais de 90% dos votos obtidos pela legenda em 2012.

Apesar da desvantagem no quantitativo de eleitores e de prefeituras, o DEM vence seu principal adversário em número de filiados. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Democratas conta atualmente com 90 mil filiados em situação regular, perdendo apenas para o PMDB, que registra 94 mil peemedebistas com filiação ativa. O PT vem logo em seguida com 85 mil petistas. Este ano, 2,5 mil novos democratas assinaram a ficha de filiação. O PT filiou 1,5 mil. Na comparação com o número de desfiliados, o DEM, que registrou perdas significativas nos últimos anos com a criação de novos partidos como o PSD, perde para o PT. Desde a sua criação, o DEM perdeu 28 mil filiados contra 21 mil desfiliações petistas registradas.


Eleições de 2016 desenharão pleito para o governo do Estado em 2018

Nesta segunda-feira (26), os democratas se reúnem em Salvador para apresentar os planos e metas para as eleições municipais de 2016. Segundo o partido, a expectativa é formar diretórios municipais e comissões provisórias em pelo menos 360 municípios baianos, podendo chegar a 400 cidades até o final do prazo dado pela Justiça eleitoral. Atualmente o DEM está constituído em apenas 45 cidades baianas. Já a quantidade de prefeituras, o partido pretende saltar de oito para 100 a partir de 2017, mantendo as duas principais, a capital baiana e a Princesa do Sertão.

A aposta está na popularidade do prefeito ACM Neto, vitrine administrativa do partido, que atualmente goza de uma avaliação positiva perante à população soteropolitana e é tido, a princípio, como o favorito à reeleição. Além do fortalecimento de sua imagem, com a aprovação para mais um mandato à frente da capital baiana, o principal líder oposicionista ao governo Rui Costa (PT) carimba automaticamente o passaporte para disputar as eleição para o governo da Bahia em 2018 e, com isso, inevitavelmente, candidatos a prefeito do Democratas podem fortalecer suas candidaturas perante seus eleitorados no ano que vem. “Em 2016, a onda azul vai se espraiar por toda a Bahia”, afirmou o presidente do Democratas na Bahia, José Carlos Aleluia, que renovará seu mandato à frente do partido.

Classificação Indicativa: Livre

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