Política

Benito Gama pode emplacar novo impeachment no currículo

Publicado em 08/12/2015, às 19h24   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)



Reza a lenda que a história se repete. Nos idos de 1990 o então deputado federal Benito Gama presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que resultou no impeachment do então presidente Fernando Collor. Duas décadas depois, o hoje petebista pode rever a história e emplacar um segundo impedimento de um presidente da República. 
No quinto mandato de deputado, Benito Gama, na época de Collor, integrava o PFL, que era da base do ex-presidente no Congresso, mas o parlamentar mudou de lado para presidir a comissão. 
Contrário à permanência de Collor no poder, Gama se rebelou contra a orientação de seu ex-chefe político e cacique do PFL, o ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães, para garantir o aprofundamento das investigações contra Collor e depois votou pelo impeachment.
Na época de Collor, Benito se rebelou contra ACM e votou a favor do impeachment
Na tarde desta terça-feira (8), Benito Gama foi eleito na chapa avulsa para compor a Comissão Especial que analisará o impedimento da mandatária Dilma Rousseff (PT) e, mais uma vez, deve votar a favor do impeachment. O seu partido atual, o PTB, também pertenceu à base do governo, mas em agosto deste ano se declarou independente. 
Benito Gama ainda não falou publicamente se é contra ou a favor do afastamento da petista do cargo, mas, recentes comentários sinalizam que é pró-impeachment.  Ao Bocão News, disse que Collor estava “mais forte” na época do que Dilma agora. “Foi um grande fracasso do governo hoje, porque em 24 horas montamos uma chapa e conseguimos vencer. Isso mostra que o governo está muito desgastado”, avaliou.
No entendimento do deputado, situação é pior por causa da crise econômica, com “inflação, desemprego e falta de credibilidade nos investimentos”. “A economia também não estava bem, mas não estava no nível que está hoje. Hoje, a política e a economia são uma conjunção de fatores muito importantes e gravíssimos”, analisou, em entrevista à rádio Jovem Pan.

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