Visto com desconfiança pelo Planalto, o vice-presidente Michel Temer afirma que não será "desleal" com Dilma Rousseff durante o processo de impeachment. De acordo com informações da colunista Monica Bêrgamo, o peemedebista se incomodou com as críticas à carta que escreveu à presidente.
Ele sustenta que a correspondência foi "pessoal" e, por isso, não tratou da crise econômica nem apresentou propostas para tirar o país da crise. "Fiz uma carta pessoal, não um manifesto político. Se soubesse que seria vazada, não escreveria", afirmou. Ele disse que autorizou a divulgação do documento depois de ver trechos vazados à sua revelia.
O vice-presidente defendeu pontos da carta criticados, como a queixa de não ter sido convidado para uma reunião de Dilma com o vice-presidente americano Joe Biden. "Parece pequeno, mas não é. Ele é meu homólogo. Era uma questão de protocolo", argumentou.
Segundo o jornal, Temer negou que o trecho final da correspondência, no qual disse que Dilma não confia nele e no PMDB, seja uma senha para a ruptura com o governo. "O PMDB vai romper com ela? Não vai", afirmou.
Publicada no dia 10 de dezembro de 2015, às 7h8
