A campanha "Poesia nas Ruas", veiculada em outdoor na cidade de Ilhéus com uma poesia de Lívia Natália, ainda causa polêmica. Na segunda (11), a Associação dos Policiais e Bombeiros Militares do Estado da Bahia (Aspra), junto com o deputado estadual soldado Prisco, denunciaram a campanha veiculada pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A peça publicitária, da Secretaria de Cultura, Poesia de Rua, ostenta a imagem de uma mulher com os seguintes dizeres: "Maria não amava João, apenas idolatrava seus pés escuros. Quando João morreu, assassinado pela PM, Maria guardou todos seus sapatos".
De acordo com Prisco,
o jurídico da entidade foi acionada com o objetivo de entrar com mandado de segurança coletivo contra representantes do órgão, pedindo retratação e retirada imediata das peças publicitárias das ruas, na manhã desta segunda-feira (11).
Em nota,
a Secretaria de Comunicação Social (Secom) do Governo do Estado alegou que a campanha não foi viabilizada com recursos destinados à publicidade do Estado. "A ação faz parte de um projeto cultural independente, com recursos do Fundo de Cultura, e não reflete a opinião do Governo do Estado, que tem buscado permanentemente políticas de valorização da Polícia Militar, a exemplo da ampliação do Prêmio por Desempenho Policial (PDP), sancionado pelo governador Rui Costa no dia 30 de dezembro", contesta.
Já nesta terça-feira (12), a Associação dos Oficiais Militares do Estado da Bahia- Força Invicta, em nota enviada ao site Bocão News informa que "que o trecho da poesia veiculada pela Fundação Cultural da Bahia incita o preconceito e intolerância aos policiais militares baianos". Por isso, ainda segundo a nota, "a Associação dos Oficiais Militares do Estado da Bahia - Força Invicta repudia a posição inadequada da referida Entidade. Ao mesmo tempo, vem por meio desta, requerer ao Governo do Estado que declarou não ter responsabilidade sobre a campanha publicitária, exija da referida Fundação Cultural que retire a publicidade uma vez que consta a logomarca de um governo que diz valorizar os integrantes da Polícia Militar da Bahia. Ainda assim, a Força Invicta ressalta que já autorizou o setor jurídico da Entidade a interpelar judicialmente a Fundação Cultural da Bahia por macular a imagem de uma Instituição quase bicentenária".
