Política

Pedetistas ainda não definiram entrada no PSL de Nilo

Publicado em 28/02/2016, às 11h33   Juliana Nobre (@julianafrnobre)



O PSL ganhou fôlego com o ingresso do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Marcelo Nilo, e a possível entrada de mais cinco parlamentares, formando a terceira maior bancada da Casa. Apesar do presidente anunciar os nomes de Reinaldo Braga (PR), Jurandy Oliveira (PRP), Paulo Câmera (PDT), Euclides Fernandes (PDT), além do atual secretário de Agricultura Vitor Bonfim (PDT), nenhum dos pedetistas entregou a ficha de desfiliação ao partido. O prazo para desfiliar de uma sigla sem perder o mandato é 19 de março.

Na quarta-feira (24), quando anunciou sua filiação ao PSL, Nilo esteve acompanhado dos deputados Nelson Leal (que já é da sigla), Reinaldo Braga (PR), Jurandy Oliveira (PRP) e Euclides Fernandes (PDT). Em conversa com o Bocão News, na manhã deste domingo (28), o presidente da legenda pedetista, Félix Mendonça Jr. informou que não recebeu a ficha de desfiliação dos deputados e do secretário. “Até este domingo só recebi a desfiliação de Marcelo Nilo”, confirma.

A coluna Tempo Presente, do Jornal A Tarde, deste domingo, também apontou que os deputados Paulo Câmera e Vitor Bonfim estão na espreita. Segundo a coluna, eles querem saber como serão tratados pelo governo do estado, caso permaneçam no PDT. Ao Bocão News, o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, disse que “não tem interesse no rompimento com os deputados e nem com o partido”. Segundo Gomes ele não foi procurado ainda pelos parlamentares para informar sobre manutenção ou saída da legenda.

“Até agora só tenho informações vindas da imprensa. Não fomos procurados por nenhum dos deputados. Como a oficialização é na quinta-feira, amanhã devemos ser procurados para conversar. Continuamos a aguardar. São deputados, que mesmo com o rompimento do partido, se mantiveram do nosso lado desde o primeiro momento e nos asseguraram apoio. Então temos uma relação tranquila”, disse.

Sobre o cabo de guerra com o prefeito ACM Neto (DEM) para ficarem com o PDT, o secretário titubeou. “As conversas acontecem de maneira tranquila, sem forçar a barra. Não temos interesse em romper. Quando acontece é lamentável, pois temos um partido que nos ajudou a eleger o governador Rui Costa. Não há essa intenção. O que não dá é para ter esse duplo apoio”, ressaltou.

Mas Felix Mendonça reforçou que as decisões municipais são autônomas. “A decisão nos municípios é independente. Cada um vai ter a decisão local. Já nas capitais será em consonância com o diretório nacional e estadual”, apontou. Se vai mesmo apoiar o prefeito ACM Neto (DEM) em Salvador, Félix. afirmou que a decisão será no fim do mês de março.

Já sobre os cargos ocupados pelos pedetistas apoiadores do governo Rui, Félix Mendonça Jr. assegurou que são indicações pessoais e nada mudará. “Os cargos são das pessoas. Nada muda. Cada um tem seu rumo”, sentenciou.

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