Política

Solla se solidariza com Aleluia, mas opositores tratam como “ironia”

Publicado em 15/03/2016, às 20h00   Juliana Nobre (@julianafrnobre)


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O deputado federal Jorge Solla (PT) tentou fazer um discurso apaziguador ao relatar o fato de seu desafeto político, o presidente do DEM na Bahia, deputado José Carlos Aleluia, em que recebeu vaias durante a manifestação pré-impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo (13), em Salvador. Durante discurso no plenário da Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (15), Solla se solidarizou com o colega e disse que o ato foi antidemocrático. Contudo, parlamentares opositores entenderam como “irônicas” as declarações e bateram boca com o petista.

“Eu queria, nesta tribuna, hoje, solidarizar-me com o deputado José Carlos Aleluia, do DEM, que, além de ser vaiado fortemente, foi vítima de agressão de manifestantes pró-impeachment, domingo, em Salvador. Eu assisti ao vídeo e acho que todo o mundo deveria assistir a ele. Houve até garrafa de vidro jogada contra o deputado, que estava em cima do trio elétrico. Felizmente, não alcançou o deputado José Carlos Aleluia, senão o quadro poderia ter sido pior. Pior ainda foram os colegas do deputado que estavam na fila para falar. Quando eles ouviram as vaias e viram a garrafa subir, todos foram embora. Todos desistiram. Saíram de fininho, covardemente, fugindo da multidão que estava lá”, disse.

Mas ao citar o ato contra o senador Aécio Neves, em São Paulo, em que foi chamado de “oportunista”, o deputado Rubens Bueno, líder do PPS, não se conteve. “E não foi só em Salvador, foi também em São Paulo. Aécio Neves de Furnas, como foi denominado mais recentemente, o hexacampeão das delegações premiadas e da blindagem, saiu escorraçado da manifestação. Com base numa escolta de segurança, foi vaiado, achincalhado. Saiu sob empurrões, junto com Geraldo Alckmin, do ‘merendão’”, provocou Solla. “O Lula, só falaram bem dele, viu! Seis milhões de pessoas”, retrucou Bueno, até que seu microfone foi cortado.

A partir daí, a troca de acusações continua até a intervenção do então presidente da mesa, Edson Moreira (PTN). “Eu não vou terminar de falar, enquanto os golpistas antidemocráticos não respeitarem a minha fala”, completa o petista.

Veja o vídeo:

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