A bancada dos vereadores de oposição da Câmara de Salvador repudiou, nesta terça-feira (5), o ato do prefeito ACM Neto (DEM) de cortar o salário dos servidores municipais, que estão em greve.
Para a oposição, o gestor municipal não quer dialogar para discutir as reivindicações da categoria. “É importante registrar que o município de Salvador, até dezembro de 2015, apresentou um gasto com pessoal efetivo longe do limite prudencial, apenas 43%, enquanto que o limite é de 51%. Portanto, o município tem condições de aprovar o reajuste que garanta a reposição do poder de compra do salário dos servidores públicos municipais”, disse a bancada, por meio de nota.
Protesto
Na ocisão, o gestor atribuiu o ato a uma “manipulação do PT e do PCdoB”. "Se juntaram para fazer baderna. Pedi para segurança liberar o acesso e não fazer qualquer tipo de restrição [...]. Não posso deixar de lado o caráter político-partidário. São as viúvas do PT que passam pela maior crise ética da histórica", afirmou. Ainda na entrevista, Neto negou que essas manifestações possam trazer desgaste eleitoral no pleito municipal deste ano. "Desgaste é não falar a verdade (...), poderia fazer igual a Dilma, mentir na eleição e depois deixar [o povo] na mão", alfinetou.
Questionado sobre a possibilidade de reajuste salarial, Neto disse que neste momento é impossível. O prefeito atribuiu as dificuldades para reajustar ao governo federal, que, segundo ele, não tem repassado as verbas. Na manhã desta terça-feira, os servidores voltaram a protestar, desta vez, em frente à Câmara de Salvador.
Publicada no dia 5 de abril de 2016, às 12h39