Política

Oposição critica corte salarial dos servidores pelo prefeito ACM Neto

Publicado em 06/04/2016, às 06h29   Redação Bocão News (@bocaonews)


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A bancada dos vereadores de oposição da Câmara de Salvador repudiou, nesta terça-feira (5), o ato do prefeito ACM Neto (DEM) de cortar o salário dos servidores municipais, que estão em greve.
Para a oposição, o gestor municipal não quer dialogar para discutir as reivindicações da categoria. “É importante registrar que o município de Salvador, até dezembro de 2015, apresentou um gasto com pessoal efetivo longe do limite prudencial, apenas 43%, enquanto que o limite é de 51%. Portanto, o município tem condições de aprovar o reajuste que garanta a reposição do poder de compra do salário dos servidores públicos municipais”, disse a bancada, por meio de nota.
Nesta segunda (4), a Justiça concedeu liminar (decisão provisória) determinando que a prefeitura pague imediatamente os salários bloqueadosO presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram), Luiz Bahia, comemorou a decisão. "Essa atitude tirana e autoritária foi apenas mais uma tentativa de retaliação do prefeito ACM Neto contra a luta legitima dos servidores municipais. Mas não iremos nos intimidar, a greve e a luta continuam", avaliou. 
Protesto
No dia 29 de março, servidores municipais protestaram quando o prefeito entregava a nova Estação da Lapa. Aos gritos de "o servidor parou" dos manifestantes, ACM Neto garantiu que iria cortar o salário dos funcionários que continuassem em greve.
Na ocisão, o gestor atribuiu o ato a uma “manipulação do PT e do PCdoB”.  "Se juntaram para fazer baderna. Pedi para segurança liberar o acesso e não fazer qualquer tipo de restrição [...]. Não posso deixar de lado o caráter político-partidário. São as viúvas do PT que passam pela maior crise ética da histórica", afirmou.
Ainda na entrevista, Neto negou que essas manifestações possam trazer desgaste eleitoral no pleito municipal deste ano. "Desgaste é não falar a verdade (...), poderia fazer igual a Dilma, mentir na eleição e depois deixar [o povo] na mão", alfinetou.
Questionado sobre a possibilidade de reajuste salarial, Neto disse que neste momento é impossível. O prefeito atribuiu as dificuldades para reajustar ao governo federal, que, segundo ele, não tem repassado as verbas. Na manhã desta terça-feira, os servidores voltaram a protestar, desta vez, em frente à Câmara de Salvador. 

Publicada no dia 5 de abril de 2016, às 12h39

Classificação Indicativa: Livre

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