Política

Disputa pela vice provoca divisão na prefeitura de Salvador

Publicado em 05/04/2016, às 18h14   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


FacebookTwitterWhatsApp

A saída do secretário municipal de Urbanismo, Silvio Pinheiro, do Solidariedade, e entrada no PSDB causou rebuliço no entorno do prefeito de ACM Neto, principalmente, nos grupos políticos que disputam a indicação para vice-prefeito na chapa majoritária de outubro.

Na análise de todos quadros políticos do arco de alianças de Neto, Silvio Pinheiro subiu alguns degraus ao migrar para um partido com uma capilaridade inegavelmente maior que a do Solidariedade e, portanto, isso provocou a reação contrária de quem também está no páreo.

Nos bastidores corre a informação de que telefonemas pararam de ser atendidos e que as conversas estão apenas girando no âmbito da administração pública. Isso para não parar as atividades, mas o clima é o pior possível. Esta rádio corredor dá conta de que Silvio Pinheiro, Bruno Reis e Luiz Carreira entraram em choque.

Eles integram os três partidos com mais chances de indicar o vice. PMDB, PV e PSDB são estas siglas que abrigam os coadjuvantes com maior possibilidade de integrar a desejada chapa. No partido comandado pelos irmãos Vieira Lima estão os secretários Fábio Mota e Bruno Reis.

Mota é quadro histórico do PMDB enquanto Reis entrou recentemente na legenda, com o aval de Neto, mas ganhou espaço nas articulações políticas e se fidelizou aos caciques. Está, hoje, mais próximo da indicação compartilhada entre o prefeito e os irmãos peemedebistas.

Já o PV engrossou as fileiras com a entrada de diversos vereadores e com o chefe da Casa Civil, Luiz Carreira. Semanas atrás o ex-deputado federal era tido como “líder” nesta disputa. Ele, neste sentido, é mais afetado com a migração de Pinheiro para o PSDB. 

Fontes deste site asseguram que a relação entre os dois, Carreira e Pinheiro, degringolou desde o último final de semana.

O PPS é o nanico desta lista, mas tem Guilherme Bellintani como alternativa. O secretário da Educação foi visto com bons olhos pelo prefeito e também já esteve no topo do pódio. No início da gestão, inclusive, ainda como secretário da Cultura era tido como o “nome certo” para a vaga, mas a fila andou e agora Bellintani figura nas especulações como quem “corre por fora”.

O PSDB até então tinha Paulo Câmara como representante neste balaio. O presidente da Câmara Municipal continua com o nome à disposição do partido, mas agora divide o protagonismo no ninho tucano com Silvio Pinheiro.

O caso deste último no PSDB é semelhante ao de Bruno Reis no PMDB. Ambos, têm história política ligada a Neto e “disputam” a indicação, em seus respectivos partidos, com quadros históricos.

Como os critérios para formação da chapa ainda não foram definidos, as peças no tabuleiro de Neto ainda estão fazendo movimentos que tentam antecipar ou “forçar” a decisão. Neste contexto, a animosidade cresceu e o que dizem é que Neto terá a missão de acender o “cachimbo da paz” para promover o retorno do diálogo entre os envolvidos, sob pena de muros serem erguidos nos bunkers da administração municipal.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp