Tinoco estuda propor projeto para regulamentar Uber em Salvador

A Câmara de Salvador decidiu nesta quarta-feira (27) proibir o uso dos serviços do Uber, transporte  remunerado de passageiros por meio de aplicativos, na capital baiana. A proposta aprovada por unanimidade foi feita pelo vereador Alfredo Mangueira (PMDB) e segue para sanção ou não do prefeito ACM Neto (DEM).  O assunto, no entanto, continua a rendar.

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Nesta quinta-feira (28), o vereador Claudio Tinoco (DEM) defendeu a liberação do serviço. Disse que estuda sugerir um projeto de lei para regular nos moldes do apresentado pelo vereador José Police Neto (PSD), em São Paulo. “Sou a favor da regulamentação, mas acredito que deve passar primeiro por diretrizes nacionais, como no caso dos mototaxistas. Primeiro, teve uma legislação federal para depois os municípios regulamentarem”, afirmou, ressaltando que seria interessante a prefeitura conceder a um empresa baiana a exploração deste serviço.

Pela proposta do vereador Pólice Neto, serão aceitos três tipos de compartilhamento de carros via aplicativos: alugar um veículo de particulares por determinado tempo, oferecer carona gratuita ou paga e prestar serviço de transporte privado individual de passageiros, como faz a empresa Uber, por meio de aplicativo do mesmo nome.

Nesta quarta, a Câmara de São Paulo suspendeu a votação da regulamentação e ainda não há prazo para que o texto volte ao plenário para a segunda e última votação. Do lado de fora da Câmara, milhares de taxistas bloquearam o viaduto Jacareí, na região central.

Divergência

O uso dos serviços do Uber divide opinião entre os soteropolitanos, como mostrou o Bocão News. Nas redes sociais, internautas que criaram uma campanha a favor do serviço. Com a expressão "Vai Ter Uber Sim", a campanha já teve quase 10 mil compartilhamentos no Facebook e milhares de comentários prestando apoio a liberação do Uber na capital baiana.

O prefeito ACM Neto (DEM) já se manifestou contra o Uber. Ontem, ressaltou que a proibição do serviço pela Câmara coincide com o pensamento da prefeitura. “A decisão dos vereadores é confluente, ela coincide, com o que pensa a prefeitura, aliás me dar ainda mais conforto pois mostra que é um pensamento majoritário das autoridades políticas da cidade”, afirmou.