Política

Dilma monta bunker da resistência e deve descer rampa em ato simbólico

Publicado em 03/05/2016, às 07h12   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A presidente Dilma Rousseff definiu em reunião nesta segunda-feira (2) os detalhes do que chamou de "bunker da resistência" de seu governo, estrutura que será montada no Palácio da Alvorada a partir da próxima semana com equipe oficial de, no máximo, 15 assessores, de acordo com informações publicadas pela Folha.
Dilma também decidiu que no dia 12 de maio, quando deve começar a cumprir um afastamento do cargo por até 180 dias, deixará seu gabinete descendo a rampa principal do Palácio do Planalto, acompanhada de ministros, assessores, amigos e talvez até do ex-presidente Lula.
Após isso, a petista vai reunir na residência oficial da Presidência um pequeno grupo de aliados do qual, oficialmente, não devem fazer parte ministros com sala no Planalto.
Pelo cronograma do Senado, a presidente Dilma Rousseff deve ser oficialmente afastada do cargo, dando lugar ao vice Michel Temer, na manhã de 12 de maio, dia seguinte à votação do plenário que deve aprovar a abertura do processo de impeachment da petista.
Segundo o rito previsto pela equipe técnica do Senado e pelo presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL), caberá ao primeiro-secretário da Mesa-Diretora da Casa, Vicentinho Alves (PR-TO), notificar Dilma pessoalmente da decisão de afastá-la por até 180 dias.
Ao mesmo tempo, o Senado também informará Temer por escrito. Automaticamente, neste exato momento, segundo técnicos legislativos, a petista passa a ser uma presidente da República afastada e o peemedebista, o presidente em exercício.
Não é necessário nenhum tipo de transmissão de cargo de um para o outro ou seguir qualquer formalidade. A assinatura da notificação não precisa ser em evento público. Ou seja, Dilma poderá assiná-la em encontro reservado com o primeiro-secretário do Senado.

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