A cidade de Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, vive dias de tensão com o julgamento (ainda não concluído) que pode cassar o mandato da prefeita da cidade Eranita Brito de Oliveira (PMDB), mais conhecida como Nita. Ela é acusada de improbidade administrativa e abuso de poder econômico na campanha de 2008.
Os desembargadores Salomão Viana, Cássio Miranda e Renato Reis, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), já votaram pela cassação. Carlos Alberto Dultra Cintra, por sua vez, se declarou impedido. Contudo, dois desembargadores ainda não se posicionaram. Como a maioria do colegiado já se manifestou, tecnicamente Nita já está afastada do poder. Pelo menos, essa é a tese da acusação. “Na lógica da matemática, dois nunca serão mais do que três”, observou o advogado J. Pires.
Mas, a defesa da prefeita não "entregou os pontos" e trabalha com a hipótese de que a sentença não foi proferida e os desembargadores que votaram contra a peemedebista podem voltar atrás . Além disso, acreditam que cabe recursos e já estudam até mesmo estender a discussão até o Supremo, em Brasília.
A expectativa é de que o TRE-BA dê o veredicto final nesta sexta (17). Se ela for cassada, a Justiça Eleitoral fará uma nova eleição em Madre de Deus.