Política

Araújo não avalia como manobra de Cunha o adiamento da votação

Publicado em 07/06/2016, às 16h05   Luiz Fernando Lima


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O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PR), preferiu adiar a votação do relatório de Marcos Rogério (DEM) após a apresentação de um voto em separado de João Carlos Bacelar (PR) no processo contra o presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB).

“Não considero manobra pró-Cunha. João Carlos apresentou um voto em separado com 66 páginas e não havia condições do relator avaliar as informações contidas ali durante a sessão. Portanto, regimentalmente há a opção de se dar o tempo, até a próxima sessão, para que o relator acrescente ou não algo ao parecer”.

Jonga Bacelar, como é conhecido na Bahia o parlamentar, tenta abrandar a punição a Cunha por ter “mentido” sobre ter contas no exterior. A proposta é de que o presidente fique suspenso por três meses. Na opinião dos defensores do deputado afastado esta é uma opção válida. Já os que defendem a cassação preferem dizer que o código de ética é claro e não há o que se discutir.

“Marcamos a reunião para as 14 horas de quarta (8). Independente do resultado a decisão será submetida ao plenário da Casa”, afirma Araújo.

Reunião

Se por um lado Araújo não acredita que tenha sido uma manobra de Cunha o adiamento da votação do parecer, por outro, a ausência da deputada federal Tia Eron (PRB) na sessão que poderia ter votado o relatório foi.

Certa do desgaste provocado em caso de voto pró-Cunha, Eron teria ficado na sala da liderança do PRB e optou por não comparecer à sessão. A ausência demonstra também o interesse de voto em favor do deputado afastado já que o primeiro suplente do bloco a registrar presença na reunião desta terça-feira foi Carlos Marun (PMDB-MS) aliado de primeira hora de Cunha.

Nesta quarta, quando deve ser votado o parecer na comissão, a regra se mantêm. Se a deputada Tia Eron se ausentar, o primeiro deputado do bloco a registrar presença fica responsável por votar.

Interessante é que a parlamentar do PRB pode voltar a qualquer hora e reivindicar o seu direito a voto, portanto, se o primeiro suplente a registrar presença for contra Cunha, Tia Eron terá que sair da sala de comissão e assumir o desgaste de reprovar o relatório.

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