Jutahy diz ter provas de lisura das campanhas após pedido de inquérito no STF

O deputado federal baiano Jutahy Júnior (PSDB) diz ter recebido com "tranquilidade e serenidade" a notícia de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de inquérito para investigar as doações recebidas da OAS nas eleições de 2010 e 2014. A informação foi publicada neste sábado (11) pela revista Época, onde consta que Janot decidiu investigar o parlamentar baiano, o senador fluminense Romário (PSB) e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, casos não necessariamente interligados ao esquema de corrupção na Petrobras.

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Segundo a publicação, os indícios de pagamentos de caixa dois para Jutahy e Maia foram encontrados em trocas de mensagens do presidente da OAS, Leo Pinheiro. Em entrevista ao Bocão News, Jutahy Júnior diz que sua "tranquilidade" se deve à "lisura" das suas campanhas. "Estou absolutamente convencido de que tenho provas consistentes que mostram a lisura e correção, transparência de todas as doações que recebi. A OAS transferiu para o PSDB em 15 de agosto de 2014 o valor de R$ 300 mil. Para minha campanha, foram apenas R$ 30 mil. Os outros R$ 270 mil foram para outros candidatos que eu designei. Esses R$ 300 mil doados pela OAS foi uma solicitação minha, por isso, nada mais natural que esteja lá relacionada ao meu nome. O contato com Leo Pinheiro foi eu quem fez. Tudo isso está devidamente registrado na prestação de contas", descreveu o tucano.

O nome do deputado tucano não aparece na Lava Jato apenas devido às conversas interceptadas no celular de Leo Pinheiro. No ano passado, Jutahy depôs à Justiça Federal do Paraná como testemunha do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, de quem teria recebido R$ 500 mil nas eleiçoes de 2010 e 2014. Na ocasião, o parlamentar contou que Pessoa esteve em seu gabinete em Brasília dizendo que queria ajudar na sua campanha. Em 2010, a UTC doou R$ 200 mil à campanha do tucano e, em 2014, o montante foi de R$ 300 mil.

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Publicada originalmente dia 11/06/2016, às 15h