Política
Publicado em 12/06/2016, às 18h20 Juliana Nobre
Uma manobra feita pelo prefeito ACM Neto (DEM) vai garantir a votação do novo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para Salvador na próxima segunda-feira (13). Três projetos trancavam a pauta de votação, além do Plano Municipal de Educação, contudo, o gestor pediu a retirada do pedido de apreciação em caráter de urgência das matérias, na publicação extraordinária do Diário Oficial de Salvador, deste sábado (11).
Trata-se dos projetos de lei 441/2015, que faz alterações no Programa de Parcerias Público-Privadas de Salvador; o 62/2016 que autoriza o Executivo a celebrar contrato de concessão de uso de bem público e a promover a sua doação nas condições que indica; e o projeto de lei 61/2016 que autoriza a prefeitura de Salvador a transferir bens da Superintendência de Turismo da Cidade do Salvador (Sutursa).
De acordo com a líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB), havia um acordo entre as bancadas de que o Plano Municipal de Educação seria votado apenas na terça-feira (14), após uma audiência pública a ser realizada na segunda (13) para debater a matéria. Os três projetos seriam apreciados e logo em seguida o plano. Em conversa com o Bocão News nesta sexta-feira (10), a comunista acreditava que as quatro matérias iriam ser apreciadas antes do PDDU, o que facilitaria uma obstrução da bancada de oposição.
Oposição condena
A vereadora Vânica Galvão (PT) afirmou que o prefeito ACM Neto segue “tática de João Henrique para aprovar PDDU às pressas e sem debate”. "Qual a urgência? Temos o Plano Municipal de Educação para discutir também esta semana, é uma matéria tensa que requer bastante debate, atenção e participação popular. Não foi acordado absolutamente nada que votaríamos o PDDU na segunda-feira”, reforça.
Hilton Coelho (Psol) acusa “o maior dos golpes de ACM Neto”. O vereador ressaltou que a mensagem do presidente da Casa, Paulo Câmara (PSDB), foi encaminhada no início da noite de sexta-feira “certamente com muitos gabinetes de vereadores fechados”. “Vergonha”, completou.
O parecer do relator Leo Prates (DEM) foi aprovado na manhã desta sexta-feira (10), em reunião de comissões conjuntas.
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Apenas 6 dos 43 vereadores participaram das duas audiências de leitura do PDDU
Publicada originalmente dia 11/06/2016, às 16h
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