Considerado um trabalho fundamental para a divulgação de ações do Governo e Prefeitura, além de exigir responsabilidade na atividade diante da importância no trabalho da comunicação, o jornalista pouco foi valorizado em trabalhos que realizou tanto para a prefeitura de Salvador, quanto para o Governo do Estado.
A denúncia chegou até o site Bocão News através de profissionais que trabalharam em 2015, no Festival da Cidade pela prefeitura, e no Carnaval deste ano, quando alguns jornalistas prestaram serviço para o Governo do Estado.
Em postagem feita na rede social, um grupo comentou o caso: "Solicitamos a equipe de jornalismo deste veículo a apuração de denúncia sobre o não pagamento da equipe contratada como prestadora de serviço para atuar na cobertura do Carnaval da Cultura 2016 - uma realização da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia que envolve recursos públicos devidamente captados. Estes profisisonais foram contratados antes mesmo do período de realização da maior festa de rua do mundo e cumpriram com seus deveres (produção de conteúdo, resgistro fotográfico, distribuiçãode material para a imprensa, intermediação entre veículos e as autoridades oficiais), ampliando assim a divulgação deste evento musical, bem como das ações desta secretaria para os quatro cantos do mundo. Mesmo assim, passados quatro meses do Carnaval, até hoje não
receberam o pagamento referente ao serviço. O serviço que responde pelo financeiro doórgão alega baixa arrecadação do Estado. fator que impediria o repasse dos recursos por parte da secretaria da Fazenda e exime-sen de apresentar sequer uma previsão concreta para o cumprimento do acordo". (SIC).
A reportagem do Bocão News procurou a secretaria que, através de nota, informou que "a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia informa que está empenhando todos os esforços para resolver a questão do pagamento dos jornalistas que trabalharam no Carnaval 2016 e que os referidos valores estão sendo providenciados". Questionada, a secretaria não informou quantos jornalistas foram contratados, tampouco o valor do débito.
Já com a prefeitura, o caso foi parecido. Jornalistas trabalharam no Festival da Cidade, em março do ano passado e, alguns deles, receberam apenas 50% do valor. "Foram 22 contratados que até hoje não receberam o valor total. Alguns receberam metade e todos sem notícias de quanto irão receber o valor que foi acordado", desabafou um profisisonal que preferiu manter a identidade em sigilo.
Ainda conforme a denúncia, os jornalistas cobram e nenhuma previsão é dada com relação ao pagamento. "Foi o Festival de comemoração ao aniversário da cidade. A prefeitura se gaba tanto de organização, mas completamente desorganizada nisso aí", disparou um outro jornalista, informando que os valores acertados por profissional variam de R$ 800 a R$ 1,500.
Também através de nota, a secretaria de Cultura do município afirmou que "houve atrasos no pagamento por problemas de documentação da empresa terceirizada responsável pela quitação junto aos profissionais. Entretanto, os mesmos já foram sanados e o pagamento deve ser realizado a todos nos próximos dias". Questionada, a secretaria não informou o valor do débito.
Vale ressaltar que o Governo do Estado investiu cerca de R$ 90 milhões no Carnaval 2016. Já o Festival da Cidade da Prefeitura, que esteve entre os 'presentes' dado a Salvador conforme dito pelo próprio prefeito ACM Neto (DEM), teve um valor que entrou na soma dos investimentos na cidade que chegam a R$ 1 bilhão.
