A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) contestou a “imparcialidade” do informante, procurador do Tribunal de Contas da União Júlio Marcelo de Oliveira, durante a fase das oitivas do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, na tarde desta quinta-feira (25).
A senadora utilizou o tempo da pergunta para indagar ao informante sobre os reais motivos que estava “condenando a presidente” e logo após a resposta dele, enumerou fatos que demonstrariam certo cunho político no posicionamento do procurador.
“O procurador foi parte ativa para armar o processo de impeachment, foi ele que preparou, idealizou e organizou o evento intitulado “Porque o brasil cresce pouco”, com opositores da política econômica do governo Dilma. Foi por todo esse tempo ativo e militante de uma causa anti–Dilma”, disse, completando ainda que foi por isso que o próprio ministro Ricardo Lewandowski, o “
desqualificou de testemunha para informante”.
Júlio Oliveira rebateu alegando que votou em Dilma em 2010 e não é um militante anti-Dilma. “Desconheço que Lula tenha utilizado decretos de abertura de credito. É do interesse do Ministério Público de contas discutir a conjuntura econômica brasileira”, afirmou ao justificar o evento. “Em 2010 em votei na presidente Dilma, não sou militante anti-dilma”, concluiu.