Contra impeachment, Otto diz que Dilma errou demais e fez gabinete ideocrático

O senador baiano Otto Alencar (PSD) já definiu seu voto contrário ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mas ressalta que a dirigente afastada cometeu muitos erros políticos. Em entrevista à Metrópole FM na manhã desta terça-feira (30), o congressista afirmou que Dilma será afastada pelo conjunto da obra, mas frisa que não há crime de responsabilidade.

"É uma injustiça afastá-la, porque não existe dentro do processo o crime de responsabilidade. Não é que eu esteja apoiando erros. Ela errou demais politicamente. Quando assumiu o governo, fez um gabinete ideocrático, colocou lá dentro somente aqueles que eram do Partido dos Trabalhadores, os derrotados Berzoini, Mercadante, Pepe vargas, Rosseto, que perdeu no Rio Grande do Sul, isso isolou a presidente do Congresso Nacional", analisou o senador. 

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Segundo Alencar, a impopularidade do governo Dilma teve influência na conjuntura que levará ao afastamento da petista. "A julgar pelo que está nos autos, não se pode afastar a presidente Dilma. Perdeu popularidade com a gestão administrativa que teve, com o escândalo que aconteceu na Petrobras. Todos aqueles que se comprometeram, inclusive, membros do seu gabinete, do seu partido, ministério, nessa perda de popularidade levou a esse levante popular e resultou na perda de apoio na Câmara, onde não conseguiu um terço, e no Senado também", lembrou.