Política

Teori nega envio de denúncia contra Dilma para Moro

Publicado em 07/10/2016, às 14h12   Redação Bocão News



A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) será julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) – e não pela Justiça comum. A decisão veio a partir do indeferimento de um pedido feito pela Procurado Geral da República (PGR) – que pretendia enviar o processo em que Dilma está arrolada para as mãos de juiz Sérgio Moro. 
Para o ministro Teori Zavascki, do STF, a investigação sobre Dilma tem que continuar na Corte. “Os fatos em destaque têm como premissa de capitulação o delito de embaraçamento à investigação de crime envolvendo organização criminosa que atuava diretamente no âmbito das diretorias da Petrobras”, escreveu o procurador-geral Rodrigo Janot. Para ele, o caso de Dilma deveria ser submetido “ao conhecimento da 13ª Vara da Justiça Federal no Paraná por encontrarem-se imbricados no complexo investigativo denominado Operação Lava Jato”, afirmou em peça, segundo a Veja.
De acordo com o entendimento do relator da Lava-Jato no Supremo, o desmembramento da investigação envolvendo Dilma poderia “colidir com o objetivo da persecução penal”. “Não se vislumbra, no presente momento, a possibilidade de desmembramento da investigação, pois a análise dos fatos por meio de investigação segmentada, como pretende o órgão ministerial, dificultaria sobremaneira a colheita e análise de provas, bem como afastaria, por ora, a coesão necessária para corroborar a tese da acusação”, escreveu Teori.
De acordo com as investigações, Dilma é suspeita de tentar frear a Lava-Jato de três maneiras. A primeira delas envolveu a nomeação do ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A segunda está relacionada com uma investida feita pelo ex-ministro Aloizio Mercadante, sob o comando da petista, para tentar evitar que Delcídio fizesse delação. Já a terceira tem a ver com a nomeação do ex-presidente Lula para a chefia da Casa Civil alguns dias depois de o ex-presidente ter sido conduzido coercitivamente pela Polícia Federal.

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