Política

Após três anos, condenados no mensalão seguem enrolados com Justiça

Publicado em 16/11/2016, às 07h19   Redação Bocão News


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Após três anos as primeiras prisões do mensalão, os condenados seguem arrolados a processos judiciais. O caso mais grave talvez seja do ex-ministro José Dirceu – condenado também na Lava Jato. 
Pelo mensalão, o ministro-chefe da Casa Civil cumpria pena 7 anos e 11 meses por corrupção ativa em prisão domiciliar. Em junho de 2015, contudo, Dirceu foi preso novamente, dessa vez pela Operação Lava Jato, sendo condenado em maio deste ano a 23 anos e 3 meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Atualmente, cumpre pena no Complexo Médico-Penal, em Pinhais (PR). 
Já o ex-deputado federal e ex-presidente do PT foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto por corrupção ativa, pena perdoada em março de 2015 com base em decreto de indulto natalino. Antes disso, já em 2014, havia obtido a progressão da pena para regime aberto. Em julho de 2016, foi condenado em primeiro instância a 2 anos e 10 meses de prisão em regime aberto por participação no chamado "mensalão do BMG", que envolve a simulação de empréstimos para maquiar dinheiro ilegal. 
Ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Por ter dupla cidadania, fugiu para a Itália, onde permaneceu até 23 de outubro de 2015, quando foi extraditado para o Brasil. Cumpre pena no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em Brasília. 
O empresário Marcos Valério, de acordo com o Estadão, está encarcerado na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde cumpre a maior pena do mensalão, de 37 anos de prisão por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e peculato. É um dos investigados na Operação Lava Jato, para a qual já propôs acordo de delação premiada.
O publicitário e ex-sócio de Marcos Valério, Cristiano Paz, foi condenado a 23 anos e 8 meses de reclusão por peculato, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Após decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso em 3 de novembro, conseguiu progressão do regime fechado para o semiaberto. Cumpriu mais de um sexto da pena em unidade prisional de Nova Lima (MG), cálculo que leva em consideração os dias descontados por trabalho ou estudo. 
Já Katia Rabelo foi condenada a 14 anos e 5 meses de prisão por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas, pena que cumpre em Belo Horizonte. Em dezembro de 2015, obteve progressão de pena do regime fechado para o semiaberto.
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, obteve perdão da pena de 6 anos e 8 meses de prisão em março deste ano. Contudo, dois meses depois, se tornou réu novamente, desta vez por investigação na Operação Lava Jato. 
Publicada originalmente dia 15

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