Política

Advogados da Odebrecht reclamam de tratamento de procuradores da Lava Jato

Publicado em 25/11/2016, às 08h27   Redação Bocão News


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Dezenas de advogados de funcionários da Odebrecht que farão delação premiada na Operação Lava Jato reclamaram do tratamento recebido dos procuradores da força-tarefa na última quarta-feira (23), quando ocorreria a assinatura do acordo de delação premiada.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os advogados chegaram logo no início da manhã na sede da Procuradoria-Geral da República e foram encaminhados para um auditório no primeiro andar do prédio e lá ficaram durante horas sem que um procurador fosse até o local para atendê-los.

"Deixaram os advogados o dia todo lá e não tinha sequer um café para quem estava esperando", protestou um defensor que não quis ser identificado. Quando a fome bateu, segundo ele, um grupo de advogados resolveu invadir um evento que acontecia numa sala ao lado do auditório, misturou-se aos convidados e atacou a mesa de salgadinhos. O pão de queijo matou a fome, disse o advogado.

Os procuradores haviam determinado que os advogados levassem para o dia da assinatura do acordo um pendrive contendo o depoimento e toda documentação relativa ao caso de cada réu, mas ao meio dia os defensores foram informados de que a orientação teria mudado e os documentos deveriam ser entregues impressos. O diário paulista afirma que já passava das 20h30 quando os procuradores da Lava Jato foram até o auditório para falar com os advogados da Odebrecht.

Os papéis com as delações foram descartados e os documentos foram entregues em pendrives, como já havia sido combinado na primeira vez. 'Voltem na quinta', ouviram os defensores. No dia seguinte outra vez não houve assinatura do acordo e no final da tarde funcionários e advogados da empreiteira voltaram para suas cidades de origem.

A empresa baiano teria gasto R$ 300 mil movimentando cerca de 100 executivos e advogados.

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