Política
Publicado em 25/11/2016, às 10h36 Aparecido Silva
O pedido de demissão apresentado pelo ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB) mostra, segundo o líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, o deputado Daniel Almeida, que o governo Michel Temer "está inviabilizado".
Nesta sexta (25), Geddel entregou a carta de demissão ao presidente Michel Temer depois que foi acusado por Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, de pressioná-lo para que liberasse a construção do prédio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador. Em depoimento à Polícia Federal, Calero disse que foi pressionado ainda por Temer. O ex-ministro da Cultura teria gravado conversas sobre o caso com o articulador político do governo Eliseu Padilha, além de Geddel e Temer.
"O que estranha nesse processo atual é que o núcleo desse governo foi flagrado trabalhando em favor de interesses pessoais. Não foi um fato que envolve apenas Geddel. Envolve Padilha e o presidente. Se as provas são suficientes para a saída de Geddel, também são graves e suficientes para as saídas de Temer e Padilha", disse o líder comunista ao Bocão News.
De acordo com o deputado, o caso envolvendo o peemedebista baiano não surpreende. "Quem conhece Geddel, sabe que todo lugar em que chega, ele ocupa de forma sempre agressiva os espaços. Do ponto de vista do estilo, não há novidade, o estilo sempre foi esse. Sempre há informação de que ele não sabe separar o público do privado", afirmou.
Para o parlamentar, a saída de Geddel "não leva junto os fatos ilegais que foram revelados nesse episódio". "Não temos dúvida de que a melhor solução para que a crise institucional não se agrave seria a devolução da soberania popular. Se Temer quisesse fazer um favor ao país, ele renunciaria", frisou.
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