O líder do governo na Câmara, André Moura (PSCSE), afirmou que não conhecia os fatos envolvendo o empreendimento La Vue Ladeira da Barra quando apoiou publicamente a permanência do ministro Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo.
Há três dias 27 líderes da base de sustentação de Michel Temer entregarem uma carta defendendo o Geddel."Quando nós, líderes, fizemos aquela carta, por iniciativa nossa, de apoio ao ministro Geddel, era pelos fatos que tínhamos conhecimento até aquele momento. Os fatos novos que estão surgindo, nós não tínhamos conhecimento. Os fatos eram aqueles naquele momento. Naquele momento, a gente não via nenhum motivo para não apoiar a permanência de Geddel. Foram os líderes, o próprio presidente Rodrigo Maia, o presidente Renan Calheiros, todos nós nessa linha", disse Moura.
Na ultima terçafeira (22), Moura, líderes e vicelíderes de todos os partidos da base aliada entregaram pessoalmente a Geddel um documento em que declaravam "amplo e irrestrito apoio" a Geddel. Na epoca, os líderes negaram estar se precipitando.
Mesmo com o envolvimento de Temer na polemica, André Moura afirmou já ter conversado com "quase todos" os líderes de partidos aliados e que eles relataram que vão se manter fiéis ao governo. "Todo mundo, logicamente, está solidário ao presidente Michel. Sabem que o presidente Michel não tem nada a ver com isso", disse o líder. "Jamais o presidente Michel iria arbitrar uma posição que não fosse dentro da legalidade. Todos nós sabemos a característica do presidente."
Moura afirmou ainda ter recebido um telefonema de Geddel na noite de quintafeira (24), e que ele decidiu pedir demissão para não causar "instabilidade política" a Temer. "A saída dele é muito mais para preservar o governo, para não criar uma instabilidade política. Não é por outro motivo. Segundo ele, ele não tem preocupação nenhuma com as acusações, está muito tranquilo em relação a isso", disse André Moura.
