Política

Após delação de Claudio Melo, deputados estaduais pregam cautela em ataques

Publicado em 11/12/2016, às 12h08   Alexandre Galvão


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Acusações de corrupção são um prato cheio para governo ou oposição marcarem lugar na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) ou qualquer outro espaço de poder. Com isso, a delação do ex-executivo da Odebrechet, Claudio Melo, seria um ótimo pavio para uma tentativa de implosão do governo Rui Costa (PT) - citado no documento, assim como o seu mentor, o ex-governador Jaques Wagner. 
O pavio, no entanto, deve dar "chabu". Com a citação de deputados de oposição - como Adolfo Viana (PSDB) e Leur Lomanto Jr. (PMDB) - governo e oposição já ensaiam hastear bandeira branca sobre o assunto. Não bastasse isto, grandes nortes da oposição - como os irmãos Lúcio e Geddel Vieira Lima (PMDB), Antonio Imbassahy e Jutahy Magalhães (PSDB) - foram arrolados nas declarações do baiano ex-Odebrecht. Em reservado, deputados dos dois blocos confessaram ao Bocão News que cautela deve ser a palavra de ordem nos discursos desta segunda-feira (12), quando deve ocorrer sessão. 
"Quem cuspiu para cima viu como funciona. Os métodos pegam em todos. Estamos precisando ter maturidade. Não podemos colocar no nosso colo uma crises dessas", afirmou um governista. 
Do lado da oposição, o entendimento é que "todos devem ter cautela". "O clima da Casa dirá o tom dos discursos, mas todo mundo vai ter cautela", opinou um membro da oposição. 
A única chance da diplomacia ser rasgada, segundo deputados, deve acontecer nos pronunciamentos de Targino Machado (PPS) - atual metralhadora da Casa. O deputado não poupa nenhum colega. Já comparou, inclusive, a Assembleia Legislativa da Bahia à prostituição. 
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