Após tentativa de querer votar o projeto que aumenta o salário dos vereadores na “surdina” na última terça-feira (13), surgiu nesta quinta-feira (15) outra polêmica envolvendo a Câmara Municipal de Salvador. Circula em grupos de redes sociais, a informação que quem puxou o assunto de reajuste salarial na Casa foi o presidente Paulo Câmara (PSDB) ao convocar a reunião do Colégio de Líderes marcada para próxima semana. Segundo a convocação, dentre as matérias que estão na pauta de reunião, está a recomposição do subsídio da Câmara Municipal de Salvador, ou seja, o aumento de salário.
No texto das redes sociais, repassado junto com um áudio do vereador Geraldo Júnior (SD), o edil afirmou que “o presidente [Paulo Câmara] é a favor do aumento” e que todos os outros estaria, “seguindo a posição do presidente, o encaminhamento que ele como chefe do poder legislativo deu”. Geraldo argumentou ainda que “há um embasamento legal constitucional”, ao defender o reajuste. Porém, está um jogo de empurra de quem é “o pai desse filho”. Vereadores ouvidos pelos Bocão News afirmaram que quem começou oficialmente o assunto foi o líder do governo Joceval Rodrigues (PPS) e o vereador Alfredo Mangueira (PMDB). Ao Bocão News, o presidente não afirmou que era contra nem a favor do aumento.
Imbróglio
A convocação da reunião, no entanto, foi feita antes da votação da reforma administrativa, que a priori, não seria votada na sessão da última terça, mas foi votada e aprovada. Assim, essa matéria e outras ficaram para serem discutidas na próxima semana. Na última sessão da Casa, o próprio
Paulo Câmara barrou a votação. No mesmo dia ele explicou a atitude ao
Bocão News.
“Teve pressão. Não iria aceitar que essa legislatura, marcada pela transparência, terminasse dessa forma. Quem quer o aumento apresente o requerimento e assine. Não posso fazer isso com a população", disse o tucano,
defendendo que o assunto fosse articulado dentro da Casa.
A partir daí a polêmica começou e parece que a atitude de Paulo Câmara não foi “aceita” pelos colegas. Fontes ligadas a este site afirmam que o presidente da Casa está sendo pressionado por alguns edis que ameaçam rejeitar suas contas, que foram aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas do Município, caso ele dificulte a aprovação da matéria. Os edis argumentam que apesar de ter sido aprovada por unamidadade no TCM, há brechas para reprovação nas contas de 2015.