Moro diz que Cunha tentou intimidar Temer

O juiz Sérgio Moro afirmou em decisão nesta sexta-feira (10), que o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mesmo preso, tentou constranger o presidente Michel Temer, no processo que responde sob a acusação de receber propina em contrato da Petrobras em Benin, na África. A declaração foi feita após Moro negar o pedido de liberdade de Cunha.

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No despacho, o juiz afirma que o deputado cassado não abandonou o “modus operandi de extorsão, ameaça e chantagem" ao incluir Temer como sua testemunha.

 Nos questionamentos, a defesa de Cunha perguntou a Temer se José Yunes, amigo e ex-assessor havia recebido alguma contribuição declarada ou não de campanha para alguma eleição dele ou do PMDB. Temer respondeu o juízo por meio de carta.

O ex-vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Odebrecht Cláudio Melo Filho já tinha afirmado em delação premiada que a empreiteira entregou R$ 4 milhões no escritório de Yunes, em São Paulo.

“Não se pode permitir que o processo judicial seja utilizado para essa finalidade, para que parte transmita ameaças, recados ou chantagens a autoridades”, disse Moro.