Política

Lava Jato: Gabrielli isenta Lula e fala de relação com ex-diretores; veja

Publicado em 13/02/2017, às 19h07   Alexandre Galvão


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Ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli afirmou em depoimento ao juiz Sérgio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato, que o ex-presidente Lula “nunca teve conversas” sobre desvios de recursos na empresa. 
“Não. As conversas que tive com Lula sempre foram na estratégia da Petrobras, da importância da Petrobras, da importância das riquezas, nunca tivemos conversa sobre utilização de recurso escuso. O objetivo era ter melhor gestão possível para atingir objetivos”, descreveu, nesta segunda-feira (13). 
Ainda no depoimento, Gabrielli falou sobre a relação que mantinha com ex-diretores da empresa que se tornaram delatores da Operação Lava Jato. “O Paulo Roberto Costa era um diretor que vinha da Petrobras há muito tempo. Tinha 35 anos na empresa. Foi gerente geral da Bacia de Campos, antes de Lula chegar na Petrobras. Não era neófito na empresa. Não demonstrava comportamento que depois confessou, era pacato, cumpridor dos seus deveres e não demonstrava comportamento ilícito”, afirmou, ao completar: 
“O Cerveró também era de longa tradição na Petrobras, já trabalhava com o ex-diretor Delcídio, era na área internacional uma pessoa que cumpriu as obrigações de estender os negócios para fora do país. O Nestor [Cerveró] também era um técnico reconhecido, dentro da empresa e não apresentava comportamento anormal e nunca me conversou sobre conversas que teria tido com lula, não sei nem se ele tinha acesso direto a Lula”. 
CONTROLE – o ex-presidente da empresa afirmou ainda, em alguns anos, a ouvidoria da Petrobras chegou a receber “17, 18 mil denúncias”, mas que nada foi apurado no tamanho da Lava Jato.
“O número de empregados em auditoria cresceu mais do que o número de empregados na Petrobras. A ouvidoria cegou a receber em alguns anos 17, 18 mil denúncias sobre a Petrobras. Nem a Polícia Federa, nem a auditoria interna e nem externa teve conhecimento sobre o volume de informações da Lava Jato. Não era possível identificar esses comportamentos", disse.
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