A Odebrecht, que assinou em dezembro acordos de delação e leniência com a Lava Jato, afirmou que o processo de colaboração de ex-executivos do grupo foi feito de forma espontânea e voluntária, de acordo com a Folha.
A afirmação está em carta enviada ao jornal pelo grupo baiano sobre reportagem publicada nesta segunda (13) que mostrou Marcelo Odebrecht, herdeiro da empresa, como alvo de mágoa de grande parte dos executivos da empresa que viraram delatores.
A reportagem informa que muitos deles atribuem a Marcelo a inclusão de seus nomes na Lava Jato, assim como as elevadas penas estabelecidas nos acordos com o Ministério Público Federal.
A nota do grupo diz que informações colhidas dentro da empresa mostram que "não é verídico que haja conflitos entre integrantes ou ex-integrantes [do grupo] relativos a este tema, como fazem supor as fontes da matéria".
A empresa afirma ainda que todos estão dedicados a "reformar as relações entre as empresas e o Poder Público". No comunicado, a companhia explica que, devido ao sigilo dos acordos com a Procuradoria, não pode se pronunciar sobre "temas específicos como os mencionados na reportagem" da Folha, mas acredita "no esclarecimento maior dos fatos no futuro".
Mais uma vez, a Odebrecht ressalta a importância de dados revelados pela empresa. "Conforme tem afirmado o MPF [Procuradoria] em suas manifestações, as colaborações das pessoas físicas e o acordo de leniência têm alta relevância pública" e contribuem para o andamento das investigações.
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