Política
Publicado em 14/03/2017, às 12h02 Luiz Fernando Lima
Os líderes de partidos da base aliada do governador Rui Costa (PT) aproveitaram o almoço oferecido, nesta segunda-feira (13) pelo chefe do Poder Executivo para cobrar o pagamento das emendas impositivas.
Ressalta-se que a “cobrança” foi feita sem elevação no tom e que o petista se comprometeu a pagar o R$ 1,2 milhão a que cada parlamentar tem direito. As emendas deveriam ser divididas em R$ 600 mil para Saúde, R$ 300 mil para Educação e outros R$ 300 mil de livre escolha dos deputados.
O pagamento das emendas é sempre motivo de queixa de parlamentares da oposição e da base governista de modo que projetos enviados pelo Executivo já deixaram de ser apreciados em plenário como forma de pressionar o governo a liberar os recursos. Resta saber se os deputados da oposição, que têm o mesmo direito, também serão contemplados com o gesto.
Na reunião desta segunda Rui apresentou uma proposta para atender as demandas. O petista, no entanto, pediu aos deputados um pouco de paciência diante da crise atual que o Estado atravessa.
Outra proposta de Rui, atendida por pelo menos três dos dez deputados estaduais que participaram o encontro, foi a de transferir algumas emendas no sentido de viabilizar as emendas.
O governo não necessariamente aloca dinheiro para pagar esta demanda. Na maioria das vezes a distribuição de ambulâncias, tratores, viaturas, equipamentos médicos, ônibus escolares, poços artesianos, entre outros serviços ou maquinários são contabilizados como emenda.
Neste sentido, um deputado que pediu uma máquina de raio-x para um determinado hospital pode substituir, diante da carência de recursos para adquirir o equipamento, por um poço artesiano em alguma localidade que atenda à sua base eleitoral.
Ainda na conversa, Rui se colocou à disposição para atender pessoalmente ou através de seus secretários mais próximos os prefeitos aliados dos deputados de sua base. Esta era outra queixa que vinha se arrastando.
Para além, o almoço transcorreu sem maiores reivindicações. O clima foi descrito como leve e propositivo. A preocupação com a seca que assola a Bahia foi um dos temas mais conversados e as medidas adotadas pelo governo para minimizar os efeitos perversos da estiagem foram anunciadas e debatidas.
Rui Costa também propôs que estes encontros com o “colégio de líderes” da base aliada acontecessem quinzenalmente, mas poucos deputados acreditam nesta periodicidade. A ideia é que pelo menos uma vez por mês acontece o almoço.
De acordo com deputados ouvidos pela reportagem do Bocão News, o chefe do Executivo se mostrou disposto a sancionar um maior número de projetos de iniciativa parlamentar. Pediu apenas que seja analisada as questões relacionadas à constitucionalidade.
Esta foi uma reunião positiva para o governador. Existia após a eleição de Angelo Coronel (PSD) uma preocupação quanto à unidade do bloco pró-governo no Palácio Luís Eduardo Magalhães. Pelo visto, a coesão permanece incólume, inclusive, no que se refere aos deputados do PSL que, recentemente, se declaram da “bancada independente”.
Cargos — Em reunião de deputado com governador nunca faltam as discussões a respeito da participação de cada um na estrutura da gestão estadual. Os relatos ouvidos pela reportagem dão conta de que pedidos de fato foram feitos e a análise e alocação devem acontecer nos próximos meses.
O governador não se comprometeu a aumentar a participação do PSL no governo neste momento, mas a expectativa é de que a pedida de Nelson Leal e seus correligionários — à exceção de Marcelo Nilo — será atendida em breve.
Publicada originalmente em 13/03 às 19h02
Classificação Indicativa: Livre
Tela dobrável
Smartwatch
Ótimo preço
Cozinha Saudável
Oportunidade