Política

Odebrecht pagou campanhas de Marta, Gleisi, Haddad e Patrus, dizem marqueteiros

Publicado em 19/04/2017, às 08h53   Redação Bocão News


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O marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, disseram em depoimentos ao juiz Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava Jato que a Odebrecht pagou a ambos, via caixa 2, por parte do trabalho realizado em campanhas eleitorais das senadoras Marta Suplicy (então PT; agora no PMDB-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).  A informação foi divulgada pelo Uol.
Segundo Mônica, a Odebrecht pagou R$ 18 milhões relativos às campanhas de Marta e Gleisi em 2008. Naquele ano, ainda no PT, Marta se candidatou à Prefeitura de São Paulo. Gleisi, por sua vez, disputou a prefeitura de Curitiba. Ambas foram derrotadas. Gleisi é alvo de novo inquérito da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). Nas planilhas da Odebrecht, Gleisi recebeu o codinome de "amante" e é acusada de ter recebido R$ 5 milhões para a campanha de 2014.
Já os pagamentos relativos às campanhas de Haddad e Patrus teriam sido, segundo Mônica, pelo trabalho realizado nas eleições de 2012. Haddad venceu a disputa municipal em São Paulo, enquanto Patrus foi derrotado em Belo Horizonte.
Em seu depoimento, Santana confirmou os pagamentos para as campanhas mencionadas. O marqueteiro acrescentou que o dinheiro pelas campanhas de Haddad e Patrus foi recebido no exterior, por meio de uma conta não declarada que o casal tinha na Suíça. Já Mônica disse que os pagamentos da Odebrecht pelas campanhas de Marta e Gleisi foram provavelmente feitos no Brasil.
Ao site, a senadora Gleisi disse que não solicitou contribuição de campanhas aos executivos da Odebrecht e nem que pagassem contas da campanha de 2008. Segundo Gleisi, todos os valores que foram recebidos como doação ou pagos aos prestadores de serviços constam de suas prestações de contas aprovadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), diz o comunicado.
A assessoria de Marta Suplicy foi procurada por telefone e e-mail pela reportagem, mas não havia respondido até a última atualização deste texto. O UOL também enviou um e-mail para o gabinete de Patrus Ananias pouco antes das 22h30 desta terça. A assessoria de Fernando Haddad não foi encontrada.

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