Somente no mês de julho deste ano o governo federal expulsou dos quadros da administração federal 98 servidores envolvidos em diversos tipos de irregularidades, principalmente vinculadas à corrupção. O número é recorde quando comparado com as expulsões ocorridas em qualquer outro mês, desde 2003. Outro recorde ocorreu no número de expulsões registradas no período de janeiro a julho (328), em comparação com o mesmo período de qualquer outro ano, a partir de 2003.
O combate à corrupção e à impunidade na administração pública já levou o governo federal a aplicar punições a 3.297 agentes públicos por envolvimento em práticas ilícitas, no período entre janeiro de 2003 e julho de 2011.
Os dados constam do último levantamento realizado pela Controladoria Geral da União (CGU), do total de penas expulsivas no período. As demissões somaram 2.812 casos; as destituições de cargos em comissão, 281; e as cassações de aposentadorias, 204.
O principal motivo das expulsões, entre os relacionados com a prática de corrupção, foi a utilização do cargo ou função pública para obtenção de vantagens, que respondeu por 1.751 casos, o que representa 32,23% do total. A improbidade administrativa vem a seguir, com 1.056 casos (19,44%), enquanto as situações de recebimento de propina somaram 304 casos (5,60%).
A intensificação do combate à impunidade na administração pública federal é uma das diretrizes do trabalho da CGU, que coordena o Sistema de Correição por meio da Corregedoria Geral da União, órgão integrante da estrutura da CGU.