Reforma política: quem vai pagar é a população, afirma especialista sobre fundo

Na reforma política aprovada na noite desta quarta-feira (9) na comissão especial sobre o assunto na Câmara dos Deputados, está previsto o fundo público para financiamento de campanhas com um orçamento de R$ 3,6 bilhões. Segundo o advogado e especialista em direito eleitoral, Ademir Ismerim, esse montante é maior do que o movimentado por partidos quando era permitida a doação por empresas.

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"O que o Congresso [Nacional] está fazendo é tentar salvar a pele dele diante de todos estes escândalos aí. Primeiro, a questão financeira. Está sendo criado um fundo que está orçado em 0,5% do orçamento da União. A ideia que isso seja repassado aos candidatos. Hoje se fala em R$ 3,6 bilhões e seria dividido entre os partidos políticos de cada um no Congresso Nacional", explicou em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na Metrópole FM, na manhã desta quinta-feira (10). 

"Têm partidos que vão receber muito e têm outros que vão receber pouco. Esse fundo partidário será dividido levando em conta a representação. É o chamado financiamento público de campanha, porque quem vai pagar é a população", disse o especialista.

Para Ismerim, os parlamentares estão agindo em benefício próprio. "Eles estão dando a eles mesmos o presente de fazer eleição com dinheiro público", frisou. 

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