Política

Marina chama decreto de Temer privatizando reserva ambiental de ‘negociata’

Publicado em 26/08/2017, às 10h22   Redação BNews



A ex-senadora Marina Silva chamou de “negociata” o decreto assinado por Michel Temer na quarta-feira, extinguindo a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca). Trata-se de uma área de cerca de 47 mil quilômetros quadrados entre o Pará e o Amapá. Embora traga ''cobre'' no nome, é rica especialmente em ouro. Estava fechada à mineração havia 30 anos. Agora, poderá ser explorada pela iniciativa privada. “Antes, a gente fazia decreto para criar unidades de conservação e terra indígena, para proteger os recursos naturais”, disse Marina. 
“Agora, desde 2014, estão fazendo decretos para acabar com aquilo que foi criado nos governos anteriores”. Candidata derrotada à Presidência da República em 2014, Marina sustentou que o decreto editado pelo presidente é parte da retribuição prometida aos deputados que ajudaram a enterrar no plenário da Câmara a denúncia em que a Procuradoria acusou Temer de corrupção. Por trás da votação, acusou Marina, “havia grandes negociatas”. Além da distribuição de cargos e verbas, “também havia uma negociata de entregar as terras da Amazônia para a grilagem”, ela acrescentou.
 Ex-ministra do Meio Ambiente no governo Lula, Marina falou em timbre de convocação: ''Precisamos nos mobilizar e mostrar para eles que a Amazônia é nossa.'' Premido pela péssima repercussão do decreto presidencial que autorizou a exploração mineral num pedaço da Amazônia do tamanho do Estado do Espírito Santo, o ministro Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) também pendurou um vídeo na internet. Nele, afirma que a reserva liberada por Temer não é ambiental, mas mineral. Segundo o ministro, a exploração autorizada pelo presidente não afetará as áreas indígenas e de floresta. Alguns ambientalistas discordam, poris consideram que não haveria como fazer mineração numa área que estava sob proteção sem afetar os índios e a floresta ao redor. 
Matéria do Uol Notícias 

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