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Aeroclube daria uma novela pela sucessão de irregularidades, afirma Rita Tourinho

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Promotora do MP-Ba afirma que gestão do Consórcio Parques Urbano é ineficaz  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 26/09/2017, às 09h46   Caroline Gois



O Aeroclube Plaza Show, abandonado desde 2008, voltou a ser tema na segunda-feira (25), quando o juiz Mário Soares Caymmi Gomes, da 8ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, suspendeu, em caráter liminar, o ato administrativo da prefeitura de Salvador que quebrou unilateralmente o contrato do município com o Consórcio Parques Urbanos, grupo de empresas ao qual foi concedida, até 2052, a posse da área onde ficava o antigo shopping center Aeroclube Plaza Show.

Por conta disso, a programação do revéillon de Salvador, anunciada para acontecer no local do Aeroclube, ficou na mira da imprensa e sem a confirmação, de fato, se irá acontecer no espaço, mesmo com a afirmação do prefeito ACM Neto (DEM), de que a festa está assegurada.

Para a promotora do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-Ba), Rita Tourinho, o 'caso aeroclube já está virando uma novela'. "Há uma necessidade de solucionar aquilo. Tem que se pensar primeiro no interesse público. A administração do consórcio já demonstrou que não tem eficiência de gestão e já entramos com três ações contra o empreendimento por conta de uma sucessão de irregularidades", afirmou, em entrevista concedida ao apresentador José Eduardo, na Rádio Metrópole.

Segundo Rita, o MP possui tudo documentado e foi feito um estudo por uma auditoria para estabelecer se o contrato tinha um equilíbrio econômico e "já está mais do que provado que a gestão do consórcio não funciona. Estamos avaliando se faremos alguma intervenção", disse a promotora, que afirma que não houve estudo por parte do consórcio. "Houve uma cadeia sucessória de erros no contrato e queremos que o contrato seja rescindido para que ali sirva de uma espaço de interesse público".

A decisão suspendeu o termo de rescisão unilateral publicado no dia 11 de julho deste ano pela prefeitura de Salvador que rompeu o contrato com o Consórcio Parques Urbanos, que assumiu a área onde funcionava o antigo aeroclube para construção de um novo equipamento para a cidade. À época, a gestão municipal fundamentou a decisão na justificativa de que houve descumprimento de cláusulas do contrato por parte do consórcio. 

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