Política

Investigados por corrupção e formação de quadrilha se escondem debaixo da mesa durante visita da CGU

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O episódio aconteceu nos municípios de Encruzilhada e Itambé   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 23/11/2017, às 11h42   Cíntia Kelly


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Investigado pelos crimes de corrupção passiva e ativa, peculato, organização criminosa, o grupo que fraudava licitação do transporte escolar em cidades do Sudoeste baiano protagonizou uma cena diga do escárnio.

Segundo relatou um dos delegados da Polícia Federal, quando fiscais da Controladoria Geral da União e da Polícia Federal chegaram aos municípios de encruzilhada e Itambé, os suspeitos do esquema se esconderam em baixo da mesa.

“Eles se reuniam diariamente, mais de uma vez por dia, para tentar elaborar os papéis, formar os contratos e planilhas de gastos para apresentar para os fiscais da CGU. A CGU disse que ia em uma determina da data e horário até a sede da empresa. Eles, desesperadamente, colocaram uma mesa, cadeiras, levaram um computador pessoal [na tentativa de simular a sede]. Chegou ao cúmulo de um dia em que a CGU esteve na prefeitura, eles se esconderam debaixo da mesa para não serem vistos juntos”, relatou o delegado, afirmado que os passos dos investigados estavam sendo monitorados pela PF.

Deflagrada na manha desta quinta-feira (23), a operação Lateronis prendeu um ex-prefeito, ex-vereadores e ex-assessor de um deputado. Os nomes não foram revelados. Agentes da PF cumpriram nove mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 13 mandados de medidas cautelares e 41 de busca e apreensão na Bahia e em Minas Gerais. A operação conta com a participação de 160 policiais federais e 16 auditores da CGU.

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