Política

'É balela, conversa fiada', diz Rui sobre avaliação de diretor do Instituto Paraná

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Em evento na manhã desta terça-feira (30), em Salvador, o governador da Bahia disse que não se guia em opinião  |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior/BNews

Publicado em 30/01/2018, às 13h04   Alexandre Santos e Cíntia Kelly


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O governador da Bahia, Rui Costa (PT), classificou como “balela” e “conversa fiada” a avaliação do diretor do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, de que ele terá dificuldades para se reeleger caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não consiga reverter sua condenação no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

“Vamos trabalhar. Eu não quero comentar pesquisa nem comentar a opinião de dono de pesquisa. Eu não me guio nem o povo decide conforme a opinião dele. Isso é balela, conversa fiada”, definiu Rui, em declaração ao BNews na manhã desta terça-feira (30), durante evento de 1 ano do Programa Primeiro Emprego, no auditório do Senai Cimatec, em Salvador.

Em entrevista à revista IstoÉ, Hidalgo afirmou que, sem o petista nos palanques estaduais, os postulantes enfrentarão dificuldades, uma vez que a sigla perdeu musculatura. 

“Isso aí não mexe um milímetro, um fio do meu cabelo não se mexe com opinião de dono de instituto de pesquisa”, rebateu o governador. 

Para Rui, Lula está sendo alvo de uma perseguição histórica vista, segundo ele, somente à época do governo militar.

“Nunca se viu isso na história do Brasil. Só com Getúlio Vargas, mas nada parecido com o que estão fazendo com o ex-presidente. Isso, na minha opinião, só vai aumentando o sentimento do povo de que ele está sendo perseguido, sendo vítima, eu diria, daqueles que não querem dar oportunidade para a maioria do povo brasileiro. Esse é o sentimento. Isso vai ficar mais claro durante o período eleitoral. Todos aqueles que foram pegos recebendo mala, ou a maioria deles, contra quem que se tem prova material, serão candidatos esse ano”, afirmou.

Segundo o governador baiano, "à medida que o ex-presidente é perseguido, será fomentado um sentimento de insatisfação popular". "Isso ficará escancarado para o povo e aumentará a insatisfação da população com esse sistema, que é seletivo, não é democrático e com um sistema Judiciário que expressa a opinião de alguns. Não gosto de generalizar, mas há uma militância político-partidária daqueles que não deveriam ter preferência partidária, não deveriam ter militância na política, que são procuradores e juízes", acusa.

Sobre a possibilidade de o ex-ministro Jaques Wagner ser o plano B do partido na disputa presidencial, Rui diz que esse cenário só poderá ser discutido após o registro da candidatura do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Se esse debate ocorrer, será pelo extremo da perseguição durante a campanha. O registro eleitoral será solicitado só no dia 15 de agosto. Só a partir daí é que vai ter [Lula] que ser notificado, vai a julgamento no TSE, e nisso a campanha já vai estar em andamento. Na minha opinião, o Lula será candidato e, ao longo da campanha, ou posterior à campanha, será julgado pelo TSE. Aí as opções vão ser jurídicas ao longo da campanha. Mas até lá, na minha opinião, será o nome de Lula o de candidato a presidente. 

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