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De volta aos trabalhos, presidente da Câmara de Camaçari defende vereadores: nada foi de má fé

Vagner Souza
Oziel ainda acusou pessoas de tirarem proveito da situação  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza

Publicado em 20/02/2018, às 11h39   Juliana Nobre e Alexandre Santos



A Câmara de Vereadores de Camaçari voltou aos trabalhos nesta terça-feira (20) em meio às denúncias de corrupção que envolvem 20 dos 21 edis do município. Os legisladores são acusados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de associação criminosa e peculato (apropriação de recursos públicos). O prefeito Antonio Elinaldo (DEM) fez a leitura da mensagem ao Legislativo.

Em discurso, o presidente da Casa, Oziel Araújo (PSDB), alvo de um pedido de prisão preventiva, defendeu os colegas e acusou pessoas de tirarem proveito da situação. “Em nenhum momento foi feito nada de má fé por parte dos vereadores e do presidente desta Casa. É importante registrar também que algumas pessoas têm tentado tirar proveito político dessa situação e, de alguma forma, têm tentado mobilizar a sociedade de Camaçari contra a Câmara de Vereadores”. 

Segundo o tucano, todos os atos do presidente foram executados seguindo a Lei Orgânica do Município. “Essa Câmara, no uso da responsabilidade atribuída ao presidente da Casa, lançou mão dos recursos do repasse do duodécimo para atualizar cada gabinete de vereador. Fizemos isso com base no artigo 11, inciso 32 da Lei Orgânica do Município. Também baseado na Lei Orgânica, utilizamos a atribuição que é dada a mim para exonerar, demitir e contratar servidores, conforme artigo 55, inciso 4 da lei”, explicou.

“Em seis anos que acompanho esses vereadores, não posso apontar, independente da bandeira partidária, nada que abone suas condutas, nada que fuja das suas responsabilidades que tenham com a cidade de Camaçari. Infelizmente, hoje, em virtude da velocidade da comunicação, se dissemina a informação e nem sempre temos o mesmo espaço para que possamos nos justificar dos nossos atos”, pontuou o tucano.

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