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Ministro da Defesa diz população pode ficar tranquila após declarações de general

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Em duas mensagens consecutivas publicadas no Twitter, o general indaga se há quem pense "no bem do país"  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/04/2018, às 09h33   Redação BNews



O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, afirmou ao jornal "O Globo" que os comentários do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, publicados nesta terça-feira (3) no Twitter foram no sentido contrário ao uso da força e que a população "pode ficar tranquila" em relação ao teor do que foi dito. Sem citar o julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, previsto para esta quarta-feira (4) no Supremo Tribunal Federal, o comandante do Exército fez comentários em "repúdio à impunidade".

Em duas mensagens consecutivas publicadas no Twitter, o general indaga se há quem pense "no bem do país".

"Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", disse na primeira mensagem.

Logo depois, em novo post, questionou: "O Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?".

O ministro interino da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, também afirmou ao jornal “O Globo” que o general Villas Boas tem mostrado coerência, que é uma marca de sua gestão.

"Ele tem preocupação com preceitos constitucionais. E valoriza nossas bases, que são os anseios do povo, o legado em termos de valores para as gerações futuras. A mensagem é que a população pode ficar tranquila, pois as instituições estão aqui. Não é uma mensagem de uso da força. É o contrário", afirmou o ministro.

Houve reação à fala de Villas Boas. A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que o respeito à Constituição implica na "garantia da presunção da inocência".

"Assim como afirma o general Villas Boas, nós do PT defendemos o combate à impunidade e o respeito à Constituição, inclusive no que diz respeito ao papel das Forças Armadas. E o respeito à Constituição implica na garantia da presunção de inocência", disse Gleisi em publicação no Twitter.


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