Política

Geddel é flagrado na Papuda com remédios que ‘alteram comportamento’

Folhapress
Ex-ministro dos governos Dilma e Temer 'estaria se portando de maneira estranha em razão de estar sob efeito de alguns medicamentos'  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 28/04/2018, às 08h53   Redação BNews


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O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) foi pego com remédios sem prescrição nem autorização dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Segundo o blog de Fausto Macedo, do jornal O Estado de São Paulo, a Justiça do Distrito Federal abriu um procedimento para investigar como o baiano conseguiu os medicamentos e os efeitos que teriam se fossem ingeridos de uma só vez.

O jornal detalha que, um psiquiatra e duas assistentes sociais da equipe da Papuda relataram à chefia da unidade prisional alterações no comportamento do emedebista. Geddel “estaria se portando de maneira estranha em razão de estar sob efeito de alguns remédios”, diz trecho da ocorrência, obtida pelo blog. 

Ainda de acordo com a publicação, na segunda-feira (23), Geddel recusou-se a passar por um exame pericial de emergência determinado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Ele foi levado à Seção de Piscopatologia do Instituto de Medicina Legal, mas disse ter “expressa determinação de sua defesa técnica” contrária ao exame, conforme relato da escolta.

Numa vistoria na cela de Geddel na Ala dos Vulneráveis do Centro de Detenção Provisória, agentes penitenciários apreenderam centenas de comprimidos dos medicamentos antidepressivos, contra insônia, tranquilizantes, analgésicos e para tratamento gástrico, além de uma pomada e receita médica.

“A situação é grave, na medida em que não se apurou se o custodiado (Geddel) chegou a ingerir os medicamentos apreendidos que estavam sem prescrição médica e com que frequência”, disse a juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais, em decisão.

A magistrada quer saber “se é recomendado o uso concomitante dos medicamentos” e os “efeitos causados pelas substâncias apreendidas, se ingeridas em sua totalidade”. “As regras estabelecidas para o recebimento de medicamentos são extremamente rigorosas em razão da necessidade de se resguardar a integridade física das pessoas privadas de liberdade, que estão sob a custódia e responsabilidade do Estado”, escreveu ela.

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