Política

Geddel se recusa a passar por perícia após vigilância encontrar remédio em cela

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Recusa é por determinação dos advogados do emedebista   |   Bnews - Divulgação Gilberto Junior/BNews

Publicado em 08/06/2018, às 11h09   Redação BNews


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O ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso no Complexo da Papuda desde setembro de 2017, recusou-se a se submeter a uma perícia determinada pela Justiça Federal após a vigilância da prisão encontrar excesso de medicamentos em sua cela em abril deste ano.

De acordo com o blog de Andreia Sadi, em decisão do dia 5 de junho, a juíza Leila Cury relata que mandou apurar "situação fática envolvendo o preso provisório Geddel Quadros Vieira Lima, o qual teria ingerido vários medicamentos e, por isso, estaria "se portando de maneira estranha".

Segundo a juíza, a vigilância do CDP (complexo penitenciário) localizou na cela de Geddel diversos medicamentos, como: Nexium 40mg (65 comprimidos); Diazepam 5mg (8 comprimidos); Valium 10mg (4 comprimidos); Hermitartarato de Zolpidem 10 mg (2 comprimidos); Lexapro 10 mg (46 comprimidos); Lexapro 20mg (18 comprimidos); Cewin 500mg (13 comprimidos); Oxalato de escitalopram 20mg (29 comprimidos); Carbamazepina 200mg (10 comprimidos); Tylenol (04 comprimidos); Iboprufeno (07 comprimidos); 01 pomada Trafic e 01 receituário médico.

A juíza, então, determinou que se instaurasse "procedimento destinado a apurar as circunstâncias em que os medicamentos chegaram às mãos do encarcerado". E determinou o "encaminhamento do custodiado ao IML para submissão a exame pericial".

Geddel, no entanto, recusou-se a ser submetido a perícia, por "determinação" de seu advogado.

Indagado pela juíza, o perito do presídio afirmou "que o uso de todas as medicações apreendidas não é recomendada".

"Em continuação, o ilustre perito signatário do laudo e seu aditamento afirmou que 'se todas essas substâncias forem ingeridas em sua totalidade (todos os comprimidos encontrados de todas as substâncias), poderia causar a morte do periciando'.

A magistrada aponta que, por Geddel estar se "portando de maneira estranha em razão de o mesmo estar sob efeito de alguns remédios", solicitou o exame - que não foi realizado.

"Verifico que o exame psiquiátrico não foi realizado conforme a decisão que proferi, por determinação da defesa técnica".

Ao Estadão, o advogado de defesa de Geddel, Gamil Foppel, negou que não houvesse autorização para o uso dos remédios, uma vez que eles foram preceitos e dados pela equipe médica da penitenciária.

Atualizada às 23h04 

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