Por 16 votos a 2, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar rejeitou há pouco a admissibilidade do processo contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). Ele era acusado de participar de um suposto esquema de superfaturamento de contratos no Ministério dos Transportes.
O relator, deputado Fernando Francischini (PSDB-PR), havia defendido em seu parecer a abertura das investigações, a partir de uma representação feita por Psol e PPS.
Representação
O Psol e o PPS apresentaram no dia 13 de julho uma representação contra o deputado Valdemar Costa Neto. Os dois partidos pediam a investigação da atuação de Valdemar e de pessoas de sua confiança no Ministério dos Transportes e em outros postos do governo federal.
A representação se baseou em reportagens publicadas pelas revistas IstoÉ e Veja com denúncias de corrupção no ministério, cuja gestão é exercida pelo PR.
No texto, os partidos afirmam que as graves denúncias, além de constituírem indícios da prática de atividades ilícitas, caracterizam atitudes que desprestigiariam a Câmara dos Deputados e os seus membros.
A representação foi assinada pelos presidentes do Psol, Afrânio Boppré, e do PPS, deputado Roberto Freire (SP).
Defesa
O líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), disse que as denúncias são requentadas: "Não há nenhuma prova e nós estamos em um Estado democrático de Direito, no qual a presunção de inocência é de fundamental importância. Então, lamentavelmente, eles procurarão alguma coisa e, por certo, não encontrarão."