Política

O sucessor de Coronel: Al-BA já tem 6 pré-candidatos à Presidência

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Além desses seis, também são especulados os nomes de Diego Coronel e Eduardo Alencar  |   Bnews - Divulgação Montagem BNews

Publicado em 27/08/2018, às 18h00   Henrique Brinco, Juliana Nobre e Victor Pinto


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A lista de possíveis sucessores de Ângelo Coronel (PSD) na presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (Al-BA) cresceu e, diferentemente da tese pregada pelos políticos "de que o jogo só começa a ser jogado depois das eleições", as movimentações já se iniciaram há algum tempo. Até agora, fontes do BNews apontam para seis nomes que estão entre os principais cotados para assumir o posto: Ivana Bastos (PSD), Adolfo Menezes (PSD), Alex Lima (PSB),  Nelson Leal (PP), Rosemberg Pinto (PT) e Zé Raimundo (PT).

Os candidatos do PSD já chegam com a força e o peso do apoio de Coronel e, sobretudo, do senador Otto Alencar (PSD). A agremiação também vai querer bancar um nome caso eleja a maior bancada, com até 13 deputados estaduais. Ivana Bastos (PSD) pode ser a primeira mulher a assumir a presidência da Casa. Adolfo Mezes (PSD), por sua vez, já era especulado quando Marcelo Nilo (PSB) deixou a presidência (porém, dizem as fontes, ele é considerado muito ‘nilista’ e por isso a sua candidatura perde força).

Nelson Leal (PP) é um dos mais fortes dentro do parlamento porque é único que transita nos dois lados (tanto na base, quanto na oposição). Ainda no campo progressista, o nome de Luiz Augusto (PP) também chegou a circular entre as conversas, mas o próprio prefere não se colocar na disputa.

Se o PT quiser emplacar um nome – como deseja o presidente da sigla na Bahia, Everaldo Anunciação – ganham força Rosemberg Pinto (PT) e Zé Raimundo (PT). Ambos os petistas podem ser os mais votados da agremiação nesta eleição. 

Fontes do BNews também dão conta de que o PSB vai bancar a candidatura de Alex Lima (PSB), caso ele seja reeleito pelos próximos quatro anos. E o Palácio de Ondina pode apoiá-lo. A escolha pode ser uma espécie de “pagamento da fatura” pelo PT ter excluído a senadora Lídice da Mata (PSB) da chapa majoritária de reeleição. Outros fatores também pesam: Lima é considerado o “queridinho” do governador Rui Costa (PT), além de ser um parlamentar articulado. Além disso, o governo se empenha em reelegê-lo depois que ele perdeu toda a base de prefeitos em Esplanada (BA) e as prefeituras vizinhas – região do seu principal reduto eleitoral. O que pesa contra  Lima, no entanto, é o temperamento forte. “Ele é esquentado”, diz uma fonte. 

Além desses seis, também são especulados os nomes de Diego Coronel, filho de Coronel, e Eduardo Alencar, que é o irmão de Otto. Mas, como reza a tradição da Al-BA, é remota a possibilidade de um deputado em primeiro mandato assumir a cadeira principal da Casa.

Partidos negam articulações

O senador Otto Alencar, presidente estadual do PSD, disse ao BNews que não se ganha eleição por rótulo partidário. Porém, frisou que os deputados podem apoiar um nome do PT. "O PT tem bons nomes e espero que Rui (Costa) vença bem as eleições e coordene esse processo, mas não se ganha eleição na Assembleia por rótulo partidário e sim quem agrega maior número de votos e se o PT apresentar um candidato que some o PSD vota na legenda sem o menor problema, como apoiamos Marcelo Nilo por cinco vezes", afirmou.

Everaldo Anunciação, presidente do PT baiano, declarou em entrevista ao BNews que “está na hora de o PT presidir a Assembleia Legislativa”. “Desde 2006, o PT faz maioria no Legislativo se tratando de bancada. O PT tem nomes, tem quadros preparados para isso. A relação nossa com Marcelo Nilo e Angelo Coronel é muito boa, mas acho que está na hora de experimentar o PT que deu certo no governo da Bahia e pode fazer uma contribuição boa na Assembleia Legislativa. Agora, óbvio que isso não é só vontade, precisa da capacidade de se construir isso coletivamente , convencer os pares, mas sobretudo da relação com a sociedade”.

Também indagada pelo BNews, a senadora Lídice da Mata (PSB) minimizou os rumores. “Acho totalmente precipitado se discutir presidência da Assembleia. Sou um pouco mais antiga na política talvez por isso. Essa história de se discutir presidência antes começou com Cunha. Ele saiu, deu um monte de dinheiro para os deputados e já chegou com o clamor de alguns. O poder passa por um processo de necessidade de mudança”, informou. “Creio que Alex e os demais deputados estão mais preocupados em se reeleger. Passado esse processo, o governador deverá ser o comandante do processo”, completou.

O presidente estadual do PP, vice-governador João Leão, não foi encontrado pela reportagem do BNews para comentar as especulações. O secretário-geral do partido, Jabes Ribeiro, no entanto, destaca que a legenda tem “total interesse” em indicar um nome para o posto. “É um assunto que me parece ser prematuro”, analisa. “Os progressistas, ao meu ver, têm toda legitimidade para a indicação de um nome para a Assembleia. O PDT já teve, o PSD já teve... Chegou a hora dos progressistas”.

Classificação Indicativa: Livre

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