Com derrota nas urnas, MDB se prepara para sair do Planalto e do primeiro escalão da política

De malas prontas, o MDB está se preparando para sair o Palácio do Planalto. O partido do presidente Michel Temer, após derrota na eleição presidencial, também perdeu 34 deputados. Sendo assim, em 2019, os emedebistas não estarão mais no primeiro escalão da política.

Em entrevista ao Estado de S.Paulo, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, apesar de reconhecer que “o MDB agora está no segundo time”, disse ter certeza de que o Brasil vai ter saudade do governo Temer. Ele classificou o indiciamento do presidente pela Polícia Federal, no inquérito dos Portos, como “festival de ilações”. 

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De acordo com o ministro, o MDB não será mais protagonista da cena política, mas ficará ao lado dos “balzaquianos”, partidos que têm cerca de 30 parlamentares, “uns mais, outros menos”.

Marun pretende entregar um documento de quase duas mil páginas, chamado por ele de “bíblia política”, sob o título “Ações já executadas e as que serão executadas até o final de 2018”. Ele será entregue à equipe de transição do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT).

Em 2014, acostumado a ser o partido do poder e que se adapta a qualquer governo, o MDB elegeu 65 deputados federais. Agora, ficou apenas com 34. A impopularidade drástica de Temer também pode ter afetado o Senado, onde o presidente do partido e líder do governo, Romero Jucá (RR), não conseguiu renovar o mandato.

Segundo Marun, houve uma destruição da política. “Quem sobreviveu? Quem tinha radicais ao seu lado, Lula e Bolsonaro. Quem não tinha foi levado pelo tsunami”, declarou o ministro. Pelos resultados das urnas, as maiores bancadas da Câmara ficarão com o PT e o PSL, no entanto grandes partidos ainda tentam atrair os pequenos para ampliar sua atuação.