Política
Publicado em 14/12/2018, às 22h30 Eliezer Santos
Colocado em regime de urgência, o projeto de lei que reduz gratificações pagas aos professores da rede estadual não passou pela comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) e não foi submetido a discussão entre os parlamentares.
Sem o devido confronto de ideias, a matéria proposta pelo governador Rui Costa (PT) deve ser votada na sessão da próxima segunda-feira (17), mesmo sob protestos severos do sindicato que representa a categoria.
Em conversa com a reportagem do BNews, a deputada Fabíola Mansur (PSB), que preside o colegiado de Educação na AL-BA, disse foi pega de surpresa coma urgência do projeto e que a medida do governo “é um remédio muito pesado” e “desestimula” os profissionais a buscarem aperfeiçoamento.
“Não há nada que não possa ser aperfeiçoado com o diálogo, e isso não está tendo [...] tem que equilibrar gasto público, reconheço isso, tanto que votei nos outros projetos [da reforma administrativa], mas acho que talvez a economia seja muito menor do que a importância de investimento na formação e no aperfeiçoamento dos professores”, argumentou.
Ela ainda não sabe como votará. “Do jeito que está tá complicado”, admitiu.
De volta a Salvador neste sábado (15), após dois dias de atividades em cidades do interior, Fabíola Mansur quer ouvir o líder de governo, Zé Neto (PT), membros da comissão de Educação e não descarta pleitear a retirada da urgência para ampliar a discussão da matéria.
“O regime de urgência não foi acordado. E isso gera essas complicações. Não tem tempo para fazer emenda [...] todos nós fomos surpreendidos”, revelou.
“Acredito que o aperfeiçoamento dos professores tem que ser remunerado e bem remunerado para gerar o estímulo [...] a prioiri, está difícil votar dessa maneira”, sustentou.
Nesta sexta-feira (14), em entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, afirmou que os professores podem atrasar o início das aulas do ano letivo de 2019, caso o governador não reveja os termos do projeto.
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