A eleição de Sidninho (Podemos) como novo líder de oposição da Câmara Municipal de Salvador expôs o racha que toma conta do grupo há alguns dias. Conforme o
BNews informou em primeira mão,
a decisão foi selada em reunião na manhã desta sexta-feira (21). O vice-líder será o vereador Suíca (PT) e o segundo vice-líder Toinho Carolino (Podemos).
O encontro, que aconteceria na última quinta e acabou sendo adiado, foi realizado sem as presenças dos vereadores José Trindade (Podemos), Aladilce Souza (PCdoB) e Silvio Humberto (PSB). Como já se sabe, apesar de não admitirem, os dois primeiros também estavam de olho na vaga.
Procurada, Aladilce disse que seu direito de escolha da liderança foi tirado. "Vou analisar ainda essa situação, porque eu não estava na reunião. Solicitei, inclusive, que não fizesse essa reunião. Achava que a reunião deveria ser com todos os membros da bancada", justifica a comunista ao BNews. "A oposição sai fragilizada. Foi uma escolha por maioria", completa.
Sidninho foi escolhido porque o Podemos era o próximo partido do rodízio da liderança. Entretanto, a escolha dele não era unanimidade nem mesmo dentro da própria agremiação. Em diversas entrevistas,
Trindade deixou claro que não foi consultado em nenhum momento a respeito do caso e que esperaria uma manifestação do presidente estadual da legenda, Bacelar (Podemos), ou até mesmo do próprio governador Rui Costa (PT).
Procurado pelo BNews, Bacelar, por sua vez, se esquivou e disse que a escolha pelo nome de Sidninho foi tomada pelos próprios vereadores. "Isso ficou muito com eles próprios. Ele [Sidninho] tem conversado com todos os partidos e criando o consenso em torno do nome dele", afirmou. A atual líder do grupo, Marta Rodrigues (PT), não foi encontrada pela reportagem para comentar o caso.
BNews/Arquivo
