Política

Centrais sindicais dizem que reforma da previdência prejudica os mais pobres e falam em calendário de lutas

Folhapress
A Força Sindical chamou a reforma da Previdência proposta pelo governo de perversa e disse que ela só prejudica os trabalhadores menos favorecidos economicamente  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 20/02/2019, às 23h10   Folhapress


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Entidades sindicais criticaram, nesta quarta-feira (20), a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo Governo Bolsonaro. Manifesto assinado por oito centrais sindicais, entre elas Central Sindical e Popular Conlutas e a Força Sindical, defende que seja criado um calendário para a realização de mobilizações de massa contra o fim das aposentadorias. 

As entidades preveem também a realização de um dia nacional de lutas, em data a ser definida. As centrais falam em um amplo chamamento à população para que defenda a Previdência. Também prometem que ampliarão sua atuação junto ao Congresso Nacional.

Em nota enviada à imprensa, a Força Sindical chamou a reforma da Previdência proposta pelo governo de perversa e disse que ela só prejudica os trabalhadores menos favorecidos economicamente. A entidade afirma lutar por uma Previdência universal e sem privilégios.

Segundo a Força Sindical, quaisquer alterações precisam ter como princípio básico que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para oferecer-lhes uma vida saudável e digna. "Pagar um valor abaixo do estabelecido pelo salário mínimo é entregar apenas uma 'esmola' para os milhões de aposentados que ajudaram a construir este País".

A Força Sindical afirma que, caso a reforma seja aprovada, os trabalhadores que começaram a contribuir mais cedo ao INSS serão os mais afetados. Além disso, diz que o novo sistema vai aumentar em cerca de dez anos o tempo de trabalho. 

O presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Antonio Neto, disse que a proposta do governo é uma versão piorada da reforma que Michel Temer (MDB) tentou aprovar em seu governo. "Essa proposta representa a velha estratégia de arrochar a aposentadoria da imensa maioria do povo, sem atacar prioritariamente as regalias, a sonegação das grandes empresas, a falta de contribuição do setor agroindustrial, além de privatizar o novo regime de capitalização", disse em nota. Ele afirma que o governo deveria iniciar uma reforma cortando privilégios de militares e banqueiros, colocando o ministro da Economia Paulo Guedes no segundo grupo.

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