Ministro será convocado à Comissão de Educação para explicar corte no orçamento da Ufba

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, será convocado a prestar esclarecimentos na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados sobre as razões pelas quais determinou o corte de 30% no orçamento da Universidade Federal da Bahia (Ufba), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade de Brasília (UnB).

O requerimento foi apresentado pelo deputado federal João Carlos Bacelar (Pode-BA), titular do colegiado, e deverá ser votado na próxima quarta-feira (8). 

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“É um precedente perigosíssimo, se continuar desse jeito qualquer dia desses ele fecha uma universidade. Uma atitude fascista, arbitrária e autoritária”, afirmou ao BNews nesta terça-feira (30).

“Estou com saudade do ministro Vélez, pelo menos era um doido quieto. Agora colocaram um maluco ativo, Vélez pelo menos não agia”, ironizou.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o ministro Abraham Weintraub justificou que as sanções se aplicam a universidades que não apresentarem desempenho acadêmico esperado e, ao mesmo tempo, estiverem promovendo “balbúrdia”.

A 2ª vice-presidente da Comissão, deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA), disse à reportagem que pedirá ao presidente do colegiado que marque uma audiência de urgência para questionar as justificativas do ministro.  

“Não podemos aceitar qualquer tipo de retaliação contra a Ufba, que está entre as dez melhores universidades do Brasil”.

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou que a decisão expõe “a falta de preparo do governo Bolsonaro na área da Educação”. Ela defendeu que “é preciso unir todas as correntes da Bahia em defesa da Ufba” e cogitou ainda judicializar a questão, caso necessário.

“É preciso, se necessário, ir à Justiça, mas também é importante que a Bahia se una em torno dessa situação de Clara perseguição contra o nosso Estado. Não podemos nos calar e nem reduzir essa luta. Precisamos do apoio de toda a bancada federal, independente de partido; precisamos de todo o mundo empresarial e de todas as instituições democráticas da Bahia para exigir que a Ufba seja respeitada”, finalizou.

Professores, estudantes e servidores do corpo técnico da Ufba vão se reunir em plenária às 9 horas, na próxima segunda-feira (6), na Faculdade de Educação, para avaliar estratégias contra a decisão do ministro Weintraub e não descartam a possibilidade de paralisações e greve.

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