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"A manifestante foi descortês", justifica Lorena Brandão após expulsar militante da causa palestina de sessão

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Segundo nota enviada ao BNews, a manifestante se levantou e foi em direção à mesa da sessão, em tom abusivo   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/05/2019, às 11h44   Henrique Brinco


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A vereadora Lorena Brandão (PSC) justificou a expulsão de uma militante palestina do plenário da Câmara Municipal de Salvador, na noite desta terça-feira (14). Na ocasião, a edil presidia uma sessão especial em homenagem ao embaixador de Israel no Brasil, Yossi Avraham Shelley.

Na ocasião, ela realizava a Sessão Especial em Homenagem aos 71 anos da criação do Estado de Israel, bem como a Sessão Solene de entrega do Título de Cidadão de Salvador ao embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley. 

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da edil ao BNews, "a manifestante que portava em seus ombros uma bandeira da Palestina, se levantou e foi em direção à mesa da sessão, em tom abusivo pedindo a palavra, o que não estava previsto na Sessão, o que configura desrespeito e desorganização".

"A manifestante foi descortês, não respeitou o roteiro da Sessão Especial, teve o intuito apenas de praticar a desordem contra uma autoridade máxima e dignitária, o que foi prontamente interrompido por esta vereadora em pedido ao Comando Militar da Câmara Municipal de Salvador, conforme prevê o Regimento Interno da Casa, no artigo 34", declara, lembrando ainda que o artigo garante o direito de requisitar o policiamento para assegurar a ordem no recinto.

"A vereadora ainda informa que não faz oposição a manifestações, mas que as mesmas devem respeitar os seus limites e o seu devido tempo, o que não aconteceu na oportunidade. A manifestante não pode participar de uma celebração que não condiz com os ideais dela com o intuito apenas de faltar com a educação contra autoridades e em forma de desrespeito ao momento. A Casa do Povo também é a Casa da Ordem."

Entenda o caso

A mulher estava com uma faixa com a bandeira da Palestina e esperou o final dos discursos antes de se aproximar da Mesa Diretora para protestar contra a realização do evento. Contrariada, a vereadora, que faz parte da bancada evangélica, exigiu a expulsão dela. Um vídeo enviado para a reportagem do BNews registrou toda a cena.

"Vamos continuar a nossa sessão solene. Peço ao capitão que conduza nossa amiga palestina para fora do plenário, porque não vamos interromper a nossa sessão hoje. O regimento dessa casa me garante que eu possa ter segurança no meu ambiente de trabalho. Exijo que a polícia militar faça valer o regimento dessa casa", vociferou a edil, que foi aplaudida pelos convidados presentes. Logo em seguida, os policiais conduziram a mulher para fora da sessão. 

O estabelecimento do Estado de Israel se deu há 71 anos, em 8 de maio, data em que são realizados eventos festivos. “Essa é a data mais importante para o povo judeu. Salvador está tendo a honra de poder fazer essa homenagem e eu me sinto muito honrada de estar à frente dessa sessão”, disse a vereadora, durante o evento. “Estamos celebrando ainda mais a união entre o país e a Terra Santa. Esse é um ato profético de agradecimento a Deus pela união entre Brasil e Israel”.

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